Novo relatório lança dúvidas sobre os primeiros produtos ‘neutros em carbono’ da Apple – The Verge
Um novo relatório de uma organização ambiental que já havia dado altas notas para a Apple questiona a transparência da empresa sobre as informações de suas cadeias de suprimentos para apoiar as alegações sobre seus primeiros produtos carbono neutros. De acordo com o relatório, a Apple reduziu a transparência sobre as emissões de sua cadeia de suprimentos.
Isso dificulta verificar como a Apple consegue comercializar seus produtos como carbono neutros, o que significa que a empresa não produziu mais dióxido de carbono do que poderia capturar ou compensar durante a fabricação do dispositivo.
“Acreditamos que há necessidade de divulgação completa e explicação de como a Apple atinge a neutralidade de carbono de seus produtos, dado o aumento das emissões de carbono de alguns de seus suprimentos”, diz o relatório.
O relatório foi publicado pelo Instituto de Assuntos Públicos e Ambientais (IPE), uma organização de pesquisa ambiental sem fins lucrativos com sede em Pequim fundada por um ex-jornalista investigativo. A Apple lançou seus mais recentes modelos do Apple Watch no mês passado e disse que “selecionadas” combinações de casos e pulseiras tornam os produtos carbono neutros.
Para atingir a neutralidade de carbono, a Apple diz ter reduzido as emissões de materiais, eletricidade e transporte – com a ajuda de suprimentos que usam energia limpa. Quaisquer emissões remanescentes foram compensadas por projetos baseados na natureza, como a recuperação de florestas para capturar mais CO2.
Contudo, segundo o relatório, os dados que o IPE pôde coletar no passado não parecem se encaixar na matemática apresentada pela Apple: embora as entregas globais de smartphones tenham caído 12% em 2022, os dados de emissões da cadeia de suprimentos da Apple, coletados por vários canais, mostram que as emissões de carbono de alguns fornecedores diminuíram levemente ou mesmo aumentaram.
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