Eu controlei o telefone Magic 6 Pro da Honor apenas com meus olhos. Parecia magia
Cresci nos anos 90 quando dois dos meus principais pontos de referência culturais eram o ilusionista de TV Uri Geller, que fazia colheres se dobrarem, e o filme Matilda, no qual a personagem interpretada por Mara Wilson faz objetos flutuarem com a vontade.
Como resultado, eu achava que era possível fazer alguma coisa mágica acontecer simplesmente concentrando-se e olhando fixamente para um objeto. Nunca consegui dobrar uma colher ou fazer um copo d’água cair só com a mente, mas não perdi totalmente a fé.
Na verdade, descobri que posso fazer coisas se movimentarem simplesmente me concentrando e olhando fixamente – só preciso da ajuda da empresa de tecnologia Honor. No Mobile World Congress em Barcelona nesta semana, a Honor revelou seu mais recente smartphone, o Magic 6 Pro. Ao lado do lançamento, eles demonstraram como usar as capacidades de rastreamento ocular do telefone para realizar tarefas como mover um carro de verdade por um aplicativo com controles remotos.
Eu não cheguei a mover um carro, mas pude experimentar como a tecnologia funciona no Magic 6 Pro. Primeiro calibrei o aparelho para que ele reconhecesse meus movimentos oculares, em um processo similar ao de configurar uma senha biométrica. A calibração levou menos de 10 segundos. O “Magic Capsule” na parte superior da tela acompanhou meus olhos enquanto seguiam um ponto pelo display, depois disso estava pronto para usar.
A principal forma como a Honor aplica a tecnologia de rastreamento ocular é não para dirigir carros, mas sim para abrir notificações. Um funcionário do estande me ligou no telefone que estava usando e apareceu uma indicação para olhar para um canto superior esquerdo da tela se quisesse atender. Também consegui desligar um alarme e abrir mensagens da mesma forma, apenas olhando para pontos certos na tela. Foi fácil, rápido e reativo.
Já consigo imaginar quão útil isso pode ser no meu dia a dia, por exemplo se eu tivesse um temporizador ligado enquanto cozinho e quisesse desligá-lo, mas estivesse com as mãos sujas, ou se visse uma mensagem chegando em uma reunião e quisesse abri-la e ler sem parecer rude pegando o celular. São aplicações muito práticas, mas vale registrar o quão legal foi experimentar a tecnologia de rastreamento ocular da Honor. Parecia que meus olhos ganharam um novo conjunto de poderes, o que, depois de mais de 30 anos apenas servindo para ver (não que eu deixe de valorizar isso, claro), foi uma revelação.
Também percebi que adicionar a tecnologia de rastreamento ocular em dispositivos também cria novas possibilidades para melhor acessibilidade de pessoas que, por diversas razões, não podem contar apenas com toque. O rastreamento ocular só estará disponível para uso no Honor Magic 6 Pro na China por enquanto, então voltarei a tentar dobrar colheres com a mente. Mas graças à Honor, já estou ansioso para o dia em que usar os olhos para interagir com a tecnologia pessoal será tão natural quanto usar as mãos ou a voz.