Austrália propõe proibição radical de mídias sociais para crianças menores de 16 anos –
- O primeiro ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou um plano para proibir o uso de redes sociais no país para pessoas com menos de 16 anos
- As leis propostas seriam algumas das mais rígidas do mundo em relação ao uso de redes sociais por menores de idade
- A Austrália está trabalhando em um sistema de verificação de idade que poderia incluir biometria ou o uso de um documento de identidade do governo para ajudar a fazer cumprir a regra.
O primeiro ministro da Austrália, Anthony Albanese, anunciou um plano na quinta-feira para proibir o uso de redes sociais no país para pessoas com menos de 16 anos. Se a medida for aprovada, ela criaria algumas das leis mais rígidas sobre o uso de redes sociais por menores de idade no mundo. Segundo a lei, que será proposta ainda este mês no Parlamento e poderá entrar em vigor já no final de 2025, crianças menores de 16 anos seriam proibidas de utilizar plataformas como TikTok e Facebook sem exceções, mesmo que já tenham contas ou permissão dos pais. Isso ocorre depois que cerca de 150 organizações na Austrália enviaram uma carta aberta ao governo instando-o a abordar os perigos das redes sociais para os jovens.
“Esta é para as mães e pais. As redes sociais estão fazendo mal às nossas crianças e estou colocando um fim nisso”, disse Albanese em uma coletiva de imprensa. A proibição penalizaria empresas de redes sociais que não mantêm os menores de 16 anos fora de suas plataformas, mas não puniria pais ou crianças. O Digital Industry Group, que representa empresas como Meta e X, disse se opor à medida e acredita que ela poderia bloquear o acesso a serviços de apoio para os jovens. “Em vez de bloquear o acesso por meio de proibições, precisamos adotar uma abordagem equilibrada para criar espaços adequados para cada idade, construir alfabetização digital e proteger os jovens de danos online”, disse um porta-voz do grupo à Reuters.