A NASA está fazendo sacrifícios para manter viva a missão da Voyager

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Destaques do Artigo:

  • Missão das Voyagers completa 47 anos com instrumentos sendo desativados para prolongar operação
  • Fontes de energia nuclear dos equipamentos perdem 4 watts anualmente
  • Voyager 1 e 2 devem manter operação até pelo menos a década de 2030
  • Engenheiros da NASA priorizam estudos sobre heliosfera e espaço interestelar
  • Recuperação histórica da Voyager 1 após falha de comunicação em 2023

Sonda Voyager 2 no espaço interestelar

Quarenta e sete anos após o início de sua jornada histórica, as sondas gêmeas Voyager continuam desafiando expectativas. As primeiras naves a adentrar o espaço interestelar agora enfrentam um desafio crítico: seus geradores termoelétricos de radioisótopos estão perdendo aproximadamente 4 watts de potência anualmente. Para manter as operações até a década de 2030, a NASA iniciou um meticuloso processo de desligamento de sistemas secundários.

Em fevereiro de 2025, o subsistema de raios cósmicos da Voyager 1 foi desativado. Até março, a Voyager 2 seguirá o mesmo caminho com seu instrumento de partículas carregadas. “Estamos praticando triagem espacial”, brinca Suzanne Dodd, gerente do projeto. “Cada instrumento desligado nos dá mais tempo para coletar dados fundamentais sobre regiões nunca antes exploradas.”

A estratégia de conservação energética não é nova. Desde o final das missões planetárias nos anos 80, os engenheiros priorizaram equipamentos essenciais para estudos da heliosfera. O atual plano inclui desligar mais instrumentos em 2026, deixando cada sonda com um único aparato científico ativo. “Cada dia pode ser o último, mas também pode trazer descobertas revolucionárias”, afirma Linda Spilker, cientista-chefe da missão.

O legado das Voyagers impressiona: projetadas para 5 anos, tornaram-se as mais longevas explorações espaciais. Até em falhas técnicas, como a paralisação da Voyager 1 em 2023, a equipe demonstrou engenhosidade, recuperando contato com a sonda a 2