A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) nomeou hoje 11 “doadores”, universidades e organizações sem fins lucrativos que serão responsáveis por distribuir US$ 600 milhões em financiamento federal para projetos ambientais liderados localmente.
É uma nova estratégia voltada a facilitar que pequenos grupos comunitários – especialmente aqueles mais afetados pela poluição – acessem os recursos. Aqueles grupos poderão solicitar subsídios dos “doadores” da EPA, que foram designados para supervisionar os fundos para determinadas regiões.
Os 11 “doadores” incluem algumas das vozes mais proeminentes na luta contra o legado de racismo e injustiça ambiental nos EUA. Isso inclui a Climate Justice Alliance (CJA), formada por organizações membros em todo o território americano – da mais antiga organização comunitária latina no Brooklyn, a UPROSE, até o Environmental Transformation Movement de Flint, Michigan, passando pela Asian Pacific Environmental Network na Califórnia.
Por anos, a CJA vem pedindo aos legisladores e filantropos, incluindo o Fundo da Terra de Bezos, para colocar mais financiamento nas mãos de organizações comunitárias que representam os bairros mais atingidos pela poluição e mudanças climáticas.
A Universidade Texas Southern, universidade historicamente negra, é outra “doadora” importante. Seu campus abriga o Centro Bullard para Justiça Ambiental e Climática, fundado por Robert Bullard, muitas vezes chamado o “pai da justiça ambiental”. Em 1990, ele publicou o livro “Despejo no Sul”, sobre locais de resíduos tóxicos em comunidades negras nos EUA. O livro traçou os vínculos entre raça, classe e saúde ambiental.
“Gostaria de agradecer pessoalmente à EPA e à administração Biden-Harris por selecionar a Universidade Texas Southern”, disse Bullard em uma ligação de imprensa da EPA. “Veremos e garantiremos que esses fundos e essas prioridades darão a justiça devida às comunidades que historicamente foram excluídas quando se trata de financiamento.”
Cada “doador” poderá elaborar seu próprio processo de solicitação e terá entre US$ 50 milhões e US$ 100 milhões para distribuir em subsídios. O dinheiro pode ser concedido já no verão que vem e poderá ser utilizado para projetos de limpeza, preparação para emergências, desenvolvimento de mão de obra de energia limpa, programas de saúde e mais.
O programa de financiamento foi estabelecido na Lei de Redução da Inflação, o maior investimento dos EUA até agora na ação climática.
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