- Mais de um em cada cinco espécies migratórias precisam de proteção internacional e correm risco de extinção.
- A atividade humana está empurrando essas espécies para perto da extinção, mas existem medidas concretas que as pessoas podem tomar para garantir seu futuro.
- Histórias de sucesso mostram que ainda não é tarde para agir, mas é preciso ser rápido pois o tempo está se esgotando para muitos dos bilhões de animais que migram a cada ano.
Animais migratórios ajudam outras espécies, incluindo pessoas, em suas jornadas. Eles podem desempenhar um papel na polinização de plantas, na dispersão de sementes ou no controle de pragas, por exemplo. Outros até ajudam a combater a mudança climática armazenando o dióxido de carbono aquecedor do planeta.
Por muitas dessas razões — e porque são tão incríveis, basta olhar as fotos abaixo — 1.189 espécies foram oficialmente reconhecidas como necessitando de proteção internacional sob a Convenção sobre a Conservação de Espécies Migratórias de Animais Silvestres (CMS). Desse total, 44% estão vendo a população em declínio, de acordo com o novo relatório dos cientistas de conservação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente.
Um enorme 97% das espécies de peixes listadas pela CMS estão ameaçadas de extinção. Isso inclui o tubarão-sedeira que vagueia por uma faixa quente de águas tropicais em todo o mundo. É umas das espécies de tubarão mais capturadas no mundo — seja enroscando em linhas de pesca ou caçada por sua carne e barbatanas.
Soluções para esses problemas não estão fora de alcance. Lâmpadas de rua dimensíveis e acionadas por sensores de movimento e luzes LED mais quentes podem limitar os efeitos da poluição luminosa na vida selvagem. Energia limpa elimina a poluição que causa a mudança climática.
O relatório também diz que mais trabalho é necessário para identificar quais espécies migratórias estão ameaçadas e quais lugares precisam ser protegidos para salvaguardá-las. Ele lista outras 399 espécies “ameaçadas ou quase ameaçadas de extinção” que ainda não estão na lista da CMS de espécies que precisam de proteções internacionais.
“Dada a situação precária de muitos desses animais, não podemos nos dar ao luxo de postergar e devemos trabalhar juntos para tornar as recomendações uma realidade”, disse Inger Andersen, Diretora Executiva do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em um comunicado à imprensa.
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