O sonho de controlar computadores com ondas cerebrais, conhecido como interface cérebro-computador ou BCI em inglês, existe há décadas. Até agora, a maioria dessas tecnologias permaneceu principalmente no âmbito de ensaios clínicos e estudos, especialmente quando se trata de dispositivos que são realmente implantados dentro do crânio. A Synchron visa mudar isso. Visítamos a Synchron para aprender sobre sua interface cérebro-computador chamada Synchron Switch, como funciona, como chega ao cérebro sem cirurgia cerebral aberta e como é usá-la. O CEO da Synchron, Tom Oxley, demonstra como o implante se situa perto do córtex motor, captando sinais cerebrais que indicam a intenção do usuário de se movimentar. O CEO da Synchron, Tom Oxley, explicou como a empresa usou tecnologias médicas preexistentes como ponto de partida - em particular, o stent e o cateter, ambos inseridos no corpo através dos vasos sanguíneos. "Entramos na veia jugular no pescoço, subimos até o cérebro, então o stent abre sobre aquela área do cérebro chamada córtex motor", disse Oxley. De lá, o dispositivo "se comunica sem fio com o mundo exterior para controlar dispositivos pessoais". A implantação do stent da Synchron no cérebro através dos vasos sanguíneos. Os sinais no córtex motor expressam a intenção do cérebro em se movimentar. As antenas dentro do implante Synchron Switch captam esses sinais no cérebro, de modo que, ao pensar em mover partes do corpo, os usuários podem controlar seus dispositivos para fazer coisas como textos, compras, bancos e mais. Isso pretende ajudar pessoas que vivem com paralisia causada pela doença de Lou Gehrig (esclerose lateral amiotrófica ou ALS), derrame, lesão ou outras condições que tornam telas sensíveis ao toque e computadores inacessíveis. Este cérebro de demonstração é usado para treinamento por médicos antes de realizarem o procedimento em seres humanos. Já receberam o implante Synchron Switch dez pessoas e a empresa diz estar concluindo sua atual rodada de testes clínicos. Mais uma rodada, conhecida como ensaio pivotal, será necessária antes que a Synchron possa obter aprovação regulatória da Food and Drug Administration dos EUA. Oxley diz que usar vasos sanguíneos como caminho menos invasivo dentro do cérebro também pode impactar outros tratamentos neurológicos, como estimulação cerebral profunda para doença de Parkinson e monitoramento de crises para pessoas que vivem com epilepsia. Para ver uma demonstração de como o implante Synchron Switch é inserido no cérebro, confira o vídeo neste artigo.