Pesquisadores da Universidade Northwestern desenvolveram um implante bioelétrico capaz de detectar flutuações de temperatura que geralmente ocorrem pouco antes do corpo rejeitar um transplante de órgão. Este novo sensor é menor do que uma unha e mede apenas 220 micra de espessura, o suficiente para ser colocado diretamente sobre a camada fibrosa de um rim, chamada cápsula renal, que o envolve e protege. Ao detectar aumentos na temperatura e fluxo sanguíneo, o sensor consegue identificar sinais de 3 semanas antes dos métodos atuais, o que é crucial para tratar a rejeição a tempo e preservar o órgão transplantado. Esse novo sensor tecnológico é fino o suficiente para ficar diretamente na camada fibrosa do rim - chamada de cápsula renal - que cerca e protege o órgão. O dispositivo funciona monitorando continuamente mudanças no fluxo sanguíneo e na temperatura. O termômetro integrado pode detectar aumentos mínimos de 0,004 graus Celsius. Uma vez detectada qualquer irregularidade, o sensor, que contém uma bateria de micro celular para energia, usa Bluetooth para alertar um paciente ou médico via smartphone ou tablet. Qualquer aumento geralmente sinaliza inflamação, que pode ser um sinal de rejeição do transplante. Após qualquer cirurgia que envolva um transplante de órgão, o risco de rejeição é alto. O sensor foi desenvolvido especificamente para transplantes de rim, mas também poderia funcionar para outros órgãos, incluindo fígado e pulmões. Transplantes de rim nos EUA estão aumentando e geralmente são recomendados para pessoas que não poderão viver sem diálise. O American Kidney Fund cita que uma rejeição aguda de um transplante de rim um mês após a cirurgia ocorre em cerca de cinco a vinte por cento dos pacientes. Por isso, é crucial detectar a rejeição do transplante, que ocorre quando o sistema imunológico do corpo trata o novo órgão como um objeto estranho e o ataca. Se um provedor de saúde detectar sinais de rejeição cedo o suficiente, a intervenção médica pode preservar o novo órgão no novo hospedeiro. Os pesquisadores da Northwestern disseram que o dispositivo detectou sinais de aviso de rejeição de órgãos três semanas antes dos métodos atuais de monitoramento. O "padrão ouro" atual para detectar a rejeição é uma biópsia, onde uma amostra de tecido é extraída do órgão transplantado e depois analisada em laboratório. No entanto, as biopsias são invasivas e podem causar sangramento e aumentar o risco de infecção. Apesar do desenvolvimento de um produto inovador pioneiro, os pesquisadores da Universidade Northwestern ainda têm um longo caminho a percorrer. Ainda precisa ser testado em humanos em um ambiente clínico antes de ter qualquer impacto no mercado cirúrgico. John A. Rogers, um especialista em bioeletrônica da Northwestern que liderou o desenvolvimento do dispositivo, disse em um comunicado que sua equipe está agora avaliando formas de recarregar a bateria de célula moeda para que dure a vida toda. #notícias #Ciência #saúde #medicamento #amanhã #doadoresdeórgãos #biotecnologia #Rim