- Atlas é um filme de ação da Netflix que leva a sério o debate sobre a inteligência artificial, mas falha em explorar suas complexidades;
- O filme tem momentos engraçados na interação entre Jennifer Lopez e seu companheiro mecânico, mas luta para encontrar o equilíbrio entre comédia e ação séria;
- A relação entre Atlas e o AI Smith é o ponto alto do filme, trazendo humor e emoção, mas o restante da trama carece de originalidade e profundidade.
Você pensaria que um filme de ficção científica onde Jennifer Lopez se une a uma armadura mecânica inteligente e sarcástica para lutar contra seu irmão AI mal seria um pouco mais divertido. Contudo, Atlas – a mais recente tentativa de sucesso em filmes de ação da Netflix – se leva muito a sério. O filme não consegue explorar de verdade as complexidades do debate sobre inteligência artificial, apesar de basicamente ser um conflito entre um assistente de AI amigável e uma máquina com a intenção de um cenário apocalíptico.
O filme se passa quase três décadas após uma rebelião que viu um bot de AI avançado chamado Harlan ajudar a liberar outras máquinas, que então contornaram seus protocolos de segurança e iniciaram uma guerra com a humanidade. É uma trama que ecoa muitas preocupações do mundo real. Exceto, neste caso, os AIs perdem, e Harlan parte para outro planeta para lamber suas feridas – mas não antes de emitir uma ameaça sombria à população humana.
O mais importante que você precisa saber sobre Atlas é que ela cresceu absolutamente detestando AI e, por extensão, a maioria das tecnologias futurísticas. Atlas é rabugenta e sarcástica, e por causa de suas capacidades de aprendizado adaptativo, Smith logo se torna exatamente igual. A interação entre Smith e Atlas é facilmente a melhor parte do filme. É quase que vale a pena assistir o filme inteiro apenas por seu final emocionante. Contudo, o filme não tira proveito desse ponto forte. Fora de Smith e Atlas, tudo sobre Atlas é sério e entediante.
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