Apple acusada de consumidores enganosos com reivindicações de ‘Neutral de Carbono’ da Apple Watch

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Apple Acusada de Enganar Consumidores com Alegações de ‘Carbono Neutro’ no Apple Watch

A Apple enfrenta um processo de ação coletiva movido por clientes que alegam que as afirmações da empresa sobre alguns modelos do Apple Watch serem “carbono neutro” são enganosas. Os principais tópicos incluem:

  • Alegações de que a Apple não cumpriu suas promessas de sustentabilidade.
  • O processo afirma que os consumidores não teriam comprado os relógios se soubessem a verdade sobre as reivindicações de neutralidade de carbono.
  • A Apple se defende, afirmando que fez investimentos significativos em energia limpa e projetos de compensação de carbono.
  • Críticas a projetos de compensação que não atendem aos padrões básicos de efetividade.
  • Discussões sobre a necessidade de maior transparência na cadeia de suprimentos.

Clientes da Apple impuseram uma ação coletiva contra a empresa, acusando-a de enganar consumidores com suas afirmações de que certos modelos do Apple Watch são carbono neutro. Para que um produto seja considerado carbono neutro, seu fabricante deve compensar ou neutralizar toda a poluição gerada por sua produção.

Em 2023, a Apple anunciou que “[certas combinações de caixa e pulseira](https://www.apple.com/apple-watch-series-9/)” de seu Apple Watch Series 9, Apple Watch Ultra 2, e Apple Watch SE seriam seus primeiros dispositivos carbono neutro. O processo foi iniciado em nome de todos que adquiriram esses modelos, alegando que os produtos não eram verdadeiramente carbono neutro, pois dependiam de projetos de compensação falhos que não reduziam efetivamente a poluição de gases de efeito estufa da empresa.

O caso evidencia a dificuldade de se prometer sustentabilidade em produtos que tentam compensar ou capturar as emissões de dióxido de carbono geradas. Muitos defensores ambientais sugerem que as empresas de tecnologia deveriam focar na transição de combustíveis fósseis para energia limpa, além de fabricar produtos mais duráveis e fáceis de consertar.

Segundo a reclamação, os alegados anúncios falsos da Apple podem fazer com que “os consumidores escolham seus produtos em detrimento de alternativas verdadeiramente sustentáveis”, ressaltando a necessidade de ser mais transparente sobre suas práticas e cadeia de suprimentos.

A Apple mantém sua posição e defende suas alegações, com um porta-voz afirmando que a empresa está “orgulhosa de seus produtos carbono neutro”, resultado de inovações em design e energia limpa. Sean Redding afirmou que a Apple conseguiu reduzir as emissões do Apple Watch em mais de 75%, abordando a poluição gerada pelos materiais, eletricidade e transporte utilizados na fabricação dos relógios.

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Para lidar com as emissões restantes, a Apple investe em “projetos baseados na natureza para remover centenas de milhares de toneladas métricas de carbono do ar”. No entanto, a nova ação judicial encontra problemas nesse arranjo.

Empresas muitas vezes adquirem créditos de carbono de projetos florestais que alegam representar toneladas de dióxido de carbono que árvores e solo retêm naturalmente. A Apple, segundo a ação, comprou créditos principalmente dos projetos Chyulu Hills no Quênia e Guinan na China, que não atenderiam a critérios básicos para créditos de carbono.

De acordo com a queixa, “o Projeto Chyulu Hills supostamente gera créditos de carbono ao impedir a desflorestação em terras legalmente protegidas desde 1983, enquanto o Projeto Guinan afirma ter plantado árvores em ‘terras áridas’ que já eram reflorestadas antes do projeto”. Em ambos os casos, as reduções de carbono ocorreriam independentemente do apoio financeiro da Apple.

A Apple não é a única empresa a enfrentar críticas por seus projetos de compensação de carbono. Um relatório de 2022 destacou que muitas marcas, incluindo companhias aéreas e varejistas, usam “compensações de carbono de qualidade duvidosa” para justificar suas alegações de neutralidade de carbono.

Ademais, não é a primeira vez que os primeiros produtos carbono neutro da Apple enfrentam escrutínio. Um relatório de 2023 apontou que a empresa precisa ser mais clara sobre suas operações, pois algumas emissões de fornecedores estavam crescendo.

A sustentabilidade ambiental não é apenas uma questão de compensar emissões, mas também envolve a redução do impacto total da empresa e a garantia de que seus produtos sejam duráveis e fáceis de consertar. Mesmo com melhorias, a Apple ainda registrou emissões equivalentes a 16,1 milhões de toneladas métricas de CO2 em 2023, comparáveis às emissões de 42 usinas de energia a gás em um ano.


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