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Principais tópicos:
- O aumento das tarifas sobre produtos solares asiáticos pelos Estados Unidos.
- As tarifas visam empresas chinesas que movimentam células solares através do Sudeste Asiático.
- Impacto nos países do Sudeste Asiático: Camboja, Malásia, Tailândia e Vietnã.
- Divisão entre empresas solares dos EUA sobre o impacto das tarifas.
- Investigações do Departamento de Comércio dos EUA sobre práticas comerciais chinesas.
Os Estados Unidos anunciaram um aumento significativo nas tarifas sobre produtos solares importados de países asiáticos, uma medida que tem como alvo empresas chinesas que utilizam o Sudeste Asiático como rota para evitar tarifas e reduzir custos. A decisão afeta diretamente Camboja, Malásia, Tailândia e Vietnã, que juntos representaram mais de três quartos das importações de módulos solares para os EUA no ano passado.
As novas tarifas, que podem chegar a 3.521% no caso do Camboja, tornam os produtos praticamente “invendáveis” no mercado americano, segundo relatos. Essa medida surge após longas investigações do Departamento de Comércio dos EUA, que levantaram suspeitas de que empresas chinesas estavam desviando produtos através desses países para escapar de tarifas anteriores e oferecer preços mais baixos.
O impacto dessa decisão divide a indústria solar americana. Enquanto fabricantes domésticos apoiam a medida, alegando que a concorrência desleal prejudica o setor, desenvolvedores de projetos de energia renovável temem que o aumento dos custos das células solares importadas encareça a construção e a fabricação de painéis nos EUA.
O Camboja, que se recusou a cooperar com as investigações, foi o mais afetado, com tarifas que ultrapassam os 3.500%. Já o Vietnã enfrenta tarifas de até 395,9%, a Tailândia de 375,2% e a Malásia de 34,4%. A Comissão de Comércio Internacional dos EUA ainda precisa avaliar e finalizar as tarifas propostas em junho.
Essa decisão também intensifica a guerra comercial entre os EUA e a China, que já havia causado turbulências nos mercados globais com propostas de tarifas drásticas no início do mês. O presidente dos EUA, Donald Trump, havia anunciado uma pausa de 90 dias nas tarifas, excluindo a China, mas a nova medida mostra que o conflito comercial continua a gerar impactos significativos.
Enquanto isso, a indústria solar americana se vê diante de um dilema: proteger os fabricantes locais ou garantir preços acessíveis para impulsionar a transição para energias renováveis. O desfecho dessa disputa pode definir o futuro do setor de energia solar nos Estados Unidos.
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