A espaçonave Chang’e 6 da China decolou da superfície lunar hoje, trazendo consigo as primeiras amostras coletadas do lado distante da Lua. O ascender da Chang’e 6 foi lançado da parte de trás da Lua, o lado voltado para longe da Terra, às 7h38 no horário de Pequim. A espaçonave havia pousado lá, na Bacia do Polo Sul-Aitken, cerca de dois dias antes. Seu módulo de pouso carregava câmeras, um detector de estrutura de solo e um espectrômetro mineral para análise de amostras geológicas. A sonda usou seu braço robótico e ferramentas de perfuração para coletar amostras.
A Chang’e 6 também carregava cargas de agências espaciais europeias, da França e da Itália para “exploração científica”. Os governos querem saber se podem usar minerais lunares para estabelecer bases na Lua para facilitar missões de longo prazo, relata a Reuters. As amostras coletadas também são esperadas para ajudar os pesquisadores a entender melhor como o Sistema Solar e a Lua se formaram há aproximadamente 4,5 bilhões de anos e como seu lado distante difere do lado que vemos da Terra.
É muito mais difícil chegar ao lado distante da Lua, que é mais acidentado. A própria Lua também bloqueia sinais de rádio para o lado distante, o que tornou mais difícil coletar amostras lá. A Chang’e 4 da China se tornou a primeira espaçonave a chegar com sucesso ao lado distante da Lua quando pousou em 2019. Lançou um satélite lunar no ano anterior para facilitar a comunicação entre a Terra e os rovers no lado distante da Lua. Um segundo satélite lunar, Queqiao-2, lançado mais cedo este ano, enviou dados da sonda de volta aos cientistas, permitindo que eles tomassem decisões de amostragem da Terra.
- Chang’e 6 decolou da Lua com as primeiras amostras do lado distante
- Coleta de amostras ajuda a entender a formação do Sistema Solar e da Lua
- Missão é crucial para o estabelecimento de bases lunares para futuras missões
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