Cientistas revelam a origem da múmia natural mais antiga do mundo –

A múmia da Caverna do Espírito, encontrada em 1940, estava no centro de uma batalha legal entre uma tribo nativa americana e antropólogos.

O antigo sequenciamento de DNA mostrou definitivamente que a múmia natural mais antiga do mundo – um esqueleto de 10.700 anos descoberto em Nevada há quase 80 anos – era nativa americana.

Ao rastrear as migrações de humanos antigos pelas Américas, uma equipe liderada por Eske Willerslev, professor de ecologia e evolução da Universidade de Cambridge, confirmou que a “múmia da Caverna do Espírito”, a múmia mais antiga encontrada na América do Norte, é um ancestral antigo da tribo Fallon Paiute-Shoshone.

A múmia, um homem de 40 anos no momento da morte, foi descoberta pela primeira vez em 1940 por Sydney e George Wheeler em uma caverna seca em Nevada, envolta em um cobertor e esteiras feitas de junco. As condições áridas ajudaram a preservar os restos mortais, com a cabeça permanecendo completamente intacta, e os restos mortais foram transferidos para o Museu do Estado de Nevada.

Em 1996, a datação por radiocarbono mostrou que os restos tinham aproximadamente 9.400 anos, tornando-a a múmia mais antiga da América do Norte. Um ano depois, a tribo Fallon Paiute-Shoshone reivindicou a repatriação dos ossos, mas originalmente foi negado o acesso aos restos mortais. Depois de obter permissão da tribo, Willerslev conduziu uma análise genética dos ossos em 2016, mostrando que a múmia era mais próxima dos nativos americanos. Como resultado, o corpo foi entregue à Tribo Fallon Paiute-Shoshone e enterrado novamente.

As descobertas fazem parte de um estudo internacional muito maior que traçou o movimento histórico dos humanos pelas Américas do Norte e do Sul. Extensas análises de DNA de restos humanos, com idade entre 600 e 12.000 anos, encontrados nas Américas mostraram que os humanos se moveram rapidamente pelos continentes durante a Idade do Gelo, 13.000 anos atrás.

Comparar os perfis de DNA e procurar semelhanças nos restos antigos encontrados do Alasca à Patagônia ajudou a equipe de pesquisa a entender como os humanos se moveram pela região na história antiga. Um segundo estudo, publicado na Cell Thursday, estudou mudanças genéticas nos últimos 11.000 anos, encontrando relações genéticas entre amostras do Chile, Brasil e aquelas encontradas em Montana em períodos de tempo semelhantes.

Com base na análise, a nova pesquisa sugere que os humanos se dispersaram rapidamente pelas Américas do Norte e do Sul há cerca de 10.000 anos.

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