Crítica de The Life of Chuck: dançando no fim do mundo – The

Quando Mike Flanagan (A Maldição da Residência Hill, Manor Mariposa e Midnight Mass) adapta uma história de Stephen King, você pode esperar algo assustador. Isso foi verdade com suas interpretações de Doutor Sono e Jogo Perigoso. Não é o caso de A Vida de Chuck, que não está tentando assustar você ou acessar seus pesadelos mais sombrios. É uma história sobre celebrar o que temos enquanto o temos – um sentimento encapsulado por uma deslumbrante sequência de dança de sete minutos de Tom Hiddleston.

A Vida de Chuck na verdade começa como um conto pós-apocalíptico. Quando Marty (Chiwetel Ejiofor), um professor do ensino médio recém-divorciado, está fazendo suas entrevistas de pais/professores, ninguém está interessado em notas ou problemas de comportamento. Em vez disso, os pais não conseguem parar de falar se a internet realmente caiu para sempre ou como a Califórnia está aos poucos desabando no oceano. Um pai se emociona pensando em uma vida sem o Pornhub.

As tragédias são tão persistentes que são impossíveis de ignorar: grandes cidades submersas, incêndios florestais consumindo vastas extensões de terra, vulcões entrando em erupção na Alemanha e, na mesma estrada que Marty faz para ir ao trabalho, buracos engolindo carros. Então, as coisas ficam estranhas. Marty nota um outdoor curioso agradecendo a um cara chamado Charles “Chuck” Krantz (Hiddleston) por “39 ótimos anos!” Não há outro contexto. Então o anúncio aparece em todos os lugares.

  • A história não é assustadora, mas sim sobre celebrar a vida.
  • A narrativa se desenrola de forma não linear, revelando a identidade de Chuck.
  • Mesmo sem elementos de horror, o filme ainda mantém as características marcantes de Mike Flanagan.

Existem comerciais de TV e anúncios de rádio durante programas da NPR e, em um determinado momento, até um aviador está agradecendo Chuck por seus serviços. À medida que os anúncios se tornam mais abundantes, o mundo ao redor se aproxima do que parece ser um abismo. No meio de tudo isso, Marty não consegue deixar de se perguntar: “Quem diabos é Chuck?” Foi assim que o filme começou, mas é o terceiro ato de A Vida de Chuck que se move ao contrário. A partir daí, descobrimos quem é Chuck.

Ele é um contador bem-sucedido que está perto dos 40 anos e que se conformou com a aparente banalidade de sua vida, mas, de vez em quando, é levado de volta à sua infância. É quando sua avó implantou nele o amor pela dança que floresceu na escola secundária, mas acabou se apagando. Um dia, vagando pelas ruas de Boston depois de passar o dia inteiro em uma conferência financeira, ele ouve um músico de rua tocando bateria e simplesmente não consegue se conter: ele larga sua pasta e começa a dançar.

Dura sete minutos inteiros, e é difícil desviar os olhos de Hiddleston quando ele se move. É espontâneo e alegre, e ele até consegue fazer um moonwalk bastante convincente. O ato final explora um Chuck mais jovem (interpretado por Jacob Tremblay e Benjamin Pajak) enquanto ele é forçado a lidar com várias tragédias e encontra uma forma de lidar através da dança. Em breve, as coisas se fecham com a estranha abertura do filme de uma maneira que eu não vou estragar.

O que é mais notável sobre A Vida de Chuck é a jornada que essa estrutura te faz embarcar. No início, à medida que o mundo literalmente desmorona, cria-se uma sensação de que somos todos pequenos e insignificantes. Mas o resto do filme faz exatamente o oposto: mostra como cada vida, mesmo aquelas que acabam muito cedo, é cheia de profundidade e maravilha.

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