Crítica: Dragon Quest III HD-2D Remake dá um toque moderno a um RPG clássico –

Principais ideias do texto:

  • O desafio de apreciar gráficos e jogabilidade antigos com olhos modernos
  • O remake do jogo Dragon Quest III pela Square Enix, com mecânicas preservadas
  • A experiência da jogabilidade, visual e trilha sonora do jogo remasterizado

Para jogadores jovens e velhos, retornar a jogos feitos décadas atrás representa um desafio único: apreciar gráficos datados e jogabilidade arcaica com olhos modernos. A Square Enix aceitou esse desafio ao ressuscitar o clássico jogo de RPG Dragon Quest III para os jogadores de hoje — embora suas mecânicas preservadas possam afastar alguns jogadores acostumados aos RPGs convencionais. Não é por falta de tentativas. Tive a oportunidade de jogar o Dragon Quest III HD-2D Remake, como é chamado, antes do seu lançamento em 14 de novembro para PC, PS5, Xbox Series X e Nintendo Switch.

É nomeado com precisão, com um estilo visual luxuoso que evoca nostalgia sem limitar os jogadores a pixels planos. Um estilo de câmera em tilt-shift resulta em efeitos de profundidade que transmitem de forma inteligente o tamanho e amplitude de cidades e masmorras, com árvores e prédios se mesclando ao primeiro e segundo plano enquanto os heróis dos jogadores — desenhados como sprites em 2D — vagam. Combinado com iluminação evocativa e sombra que faz o sol filtrar através das florestas e as tochas brilharem em cavernas nebulosas, o jogo consegue remasterizar uma experiência da forma como os jogadores se lembram do original de décadas atrás, sendo agradável aos olhos dos novos jogadores.

Apesar das melhorias de qualidade de vida adicionadas para suavizar a dificuldade do original, as mesmas mecânicas centrais de combate e níveis podem desencorajar jogadores acostumados ao controle preciso e informações detalhadas. É uma escolha polarizadora, mas compreensível, não alterar sistemas no cerne da experiência de Dragon Quest III.