Cúpula do Clima COP28: O que esperar e o que isso significa para o nosso futuro energético –
Em julho, ondas de calor atingiram a Europa e os Estados Unidos, e a NASA e o Serviço de Mudança Climática da Comissão Europeia previram que 2023 seria o ano mais quente já registrado. Agora, com o verão extremo do Hemisfério Norte e os incêndios florestais para trás, estamos no caminho para que essa previsão esteja correta.
Além disso, um estudo liderado pelo renomado cientista climático da NASA, James Hansen, e publicado em novembro, mostra que podemos ultrapassar o limite de aumento de 1,5°C em comparação aos níveis pré-industriais nesta década, ao invés da próxima, como se pensava anteriormente. Esse limite marca um ponto de virada para o nosso planeta, após o qual, os cientistas dizem, a Terra experimentará mudanças devastadoras e irreversíveis que ameaçam vidas, meios de subsistência e habitats.
Essa é a realidade científica com a qual políticos e representantes de países de todo o mundo precisam lidar quando se reunirem no fim deste mês em Dubai, na COP28 da ONU. Seja por meio de conferências climáticas como a COP28 ou não, é um tema amplamente debatido nos círculos ambientais como lidar com a crise climática de forma efetiva.
Como participante das duas conferências climáticas anteriores (COP27 no Egito e COP26 na Escócia), testemunhei de primeira mão a luta entre paísesuta entre países para chegar a acordos e a frustração de outros participantes com a falta de ambição. Porém, mesmo que os cientistas tenham sido claros sobre os alertas sobre as mudanças climáticas, também foram claros sobre as soluções: a transição para fontes de energia renováveis, como solar, hidrelétrica e eólica, deve ser priorizada para minimizar a quantidade de gases de efeito estufa lançados na atmosfera. Além disso, se quisermos ter chance de criar um futuro habitável em nosso planeta, não pode haver novos projetos de combustíveis fósseis.