Eu terceirizei minha memória em um alfinete de Ai e tudo o que recebi foi fanfiction

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No turbilhão de informações que bombardeia nossos cérebros diariamente, reter e confiar em nossas memórias se torna um desafio. Quem nunca se viu esquecendo compromissos importantes ou debatendo sobre quem disse o quê em um evento familiar? Para resolver esses problemas de memória, surge o Bee, um dispositivo vestível de IA que promete ser seu “cérebro auxiliar”. Mas será que essa solução tecnológica é realmente eficaz?

Resumo dos Tópicos Abordados:

  • O que é o Bee e como ele funciona.
  • Os pontos positivos e negativos do uso do Bee.
  • A experiência da autora ao testar o dispositivo por um mês.
  • Questões de privacidade e segurança de dados.
  • Considerações finais sobre o uso de IA para auxiliar a memória.

O Bee é um dispositivo discreto, com o visual de um Fitbit do ano de 2015, que se prende à roupa ou ao pulso e registra todas as suas conversas. Essas conversas são transformadas em transcrições e, com sua permissão, o Bee também pode acessar seus e-mails, contatos, localização, lembretes, fotos e eventos do calendário. Com base nessas informações, o Bee gera resumos, sugere tarefas e cria um histórico pesquisável de sua vida, acessível por meio de um chatbot.

Bee AI pin clipped to a person’s collar, on top of a green, ribbed sweater.

Bee AI pin clipped to a person’s collar, on top of a green, ribbed sweater.

A ideia por trás do Bee parece promissora, mas a experiência da autora ao testá-lo revela uma realidade mais complexa. Logo no primeiro dia, o Bee participou de uma demonstração de uma impressora de base BoldHue. O resumo da reunião gerado pelo Bee capturou os principais pontos de discussão e até mesmo elogiou a pele da autora, citando o maquiador de Beyoncé, Sir John. No entanto, o dispositivo errou o nome do produto.

The Bee AI wearable in the yellow wristband surrounded by several yellow objects, such as a telephone, alarm clock, camera, rubber duck, and a toy bicycle.

Bee looks an awful lot like a 2015-era Fitbit. No screen, just mics and a button.

Nos dias seguintes, o Bee apresentou dificuldades em diferenciar os interlocutores em conversas, misturando falas da autora, de amigos e até de garçons. Além disso, o dispositivo interpretou erroneamente eventos e informações, criando um “fanfiction” bizarro da vida da autora. Por exemplo, o Bee sugeriu que ela acompanhasse notícias sobre uma greve em Filadélfia, mesmo ela não sendo professora na cidade.

Com o tempo, a autora começou a se sentir desconfortável com a presença constante do Bee, especialmente em momentos íntimos ou privados. Ela também se preocupou com a privacidade de outras pessoas, já que o dispositivo registrava conversas sem o conhecimento delas. A necessidade de mutar o Bee em diversas situações se tornou um incômodo.

Apesar das falhas e inconvenientes, o Bee também se mostrou útil em algumas situações. Os resumos de reuniões de trabalho foram apreciados, e o dispositivo ajudou a autora a lembrar de tarefas importantes. No entanto, a experiência geral foi marcada por uma sensação de “gaslighting”, com o Bee distorcendo e reinventando memórias.

Uma das maiores preocupações levantadas pelo teste do Bee é a questão da privacidade. Embora a empresa afirme que os dados são criptografados e não são compartilhados com terceiros, a ideia de ter todas as suas conversas registradas e analisadas por uma IA é perturbadora. A autora questiona se, em um futuro onde todos usam dispositivos como o Bee, as memórias não faladas simplesmente deixarão de existir.

Side angle of Bee wearable surrounded by yellow objects, including a yellow alarm clock, yellow rotary phone, rubber duck, and bicycle. To its lower left, you can see the black pin attachment.

My spouse says they hate Bee. “It’s not useful enough given how much it violates my privacy.”

O Bee não é a única tentativa de criar um “cérebro auxiliar” de IA. Outros dispositivos, como o Plaud NotePin, Friend e Omi, prometem funcionalidades semelhantes. O Bee se destaca por ser o mais acessível financeiramente, mas a autora questiona se o preço baixo compensa os problemas de privacidade e a imprecisão das informações.

Em última análise, a autora não se convenceu com a ideia de usar uma IA para auxiliar a memória. Embora o Bee possa ser útil em algumas situações, os riscos de privacidade, a distorção das memórias e a sensação de vigilância constante superam os benefícios. A autora conclui que, às vezes, ser humano significa saber quando esquecer, e essa é uma tarefa que ela não confia a uma IA.

Dica: Antes de adquirir um dispositivo como o Bee, reflita sobre as suas necessidades e prioridades. Avalie os riscos de privacidade e a precisão das informações geradas pela IA. Considere se os benefícios superam os inconvenientes e se você está disposto a abrir mão da sua privacidade em prol de uma memória “artificialmente” aprimorada. Para mais informações e dicas sobre tecnologia, visite dicas.link.

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