Uma investigação do The New York Times descobriu mais cedo este ano que o governo dos EUA usou um software espião da empresa israelense de hackers NSO. Agora, após uma investigação do FBI sobre quem estava usando a tecnologia, o departamento descobriu uma resposta confusa: ele mesmo, de acordo com o The New York Times na segunda-feira.
Desde 2021, a administração Biden tomou medidas para se afastar da NSO, dada a reputação da empresa por ferramentas duvidosas como o Pegasus, que permite que governos baixem discretamente informações pessoais de telefones hackeados sem o conhecimento do usuário. Mas mesmo depois que o presidente assinou uma ordem executiva proibindo o software espião comercial em março, um contratado do FBI usou o produto de geolocalização da NSO, Landmark, para rastrear os locais de alvos no México.
O FBI havia fechado um acordo com a empresa de telecomunicações Riva Networks para rastrear traficantes de drogas no México, de acordo com o The Times. O software espião permitiu que os oficiais dos EUA rastreassem telefones celulares devido a lacunas de segurança existentes nas redes de celulares do país. Embora o FBI diga que foi enganado pela Riva Networks ao usar a tecnologia e desde então tenha rescindido o contrato, pessoas com conhecimento direto da situação disseram que o FBI usou o software espião ainda este ano.
Não é a primeira vez que o FBI tem problemas com a NSO e suas ferramentas de software espião. Antes da ordem executiva que proibiu o uso do produto para o governo, a agência considerou usar o Pegasus para ajudar em suas investigações criminais. O software espião ganhou uma má reputação por seu uso para vigiar cidadãos e suprimir dissidência política, com a NSO sendo considerada uma das maiores do setor.
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