- Aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft está sendo adiada para outubro;
- Microsoft se tornará uma das três principais editoras de jogos do mundo após a conclusão do acordo;
- A fusão ainda precisa ser aprovada por reguladores em vários países, incluindo os EUA e o Reino Unido.
A data limite para a aquisição de US$ 69 bilhões da editora de jogos Activision Blizzard pela Microsoft está sendo adiada para outubro, dando à empresa de tecnologia mais tempo para obter a aprovação dos reguladores. De acordo com arquivos da SEC divulgados na quarta-feira, o acordo de fusão entre a Microsoft e a Activision Blizzard será adiado do dia 18 de julho para o dia 18 de outubro. Isso vem uma semana depois que a tentativa da Comissão Federal de Comércio dos EUA de interromper o acordo, enquanto desafios legais estavam em andamento, foi negada por um juiz.
A conclusão do negócio transformaria a Microsoft, fabricante do Xbox, em uma das três principais editoras de jogos de vídeo, atrás apenas da rival Sony. A Activision Blizzard é uma das maiores editoras de terceiros, com algumas das principais franquias que dariam um impulso muito necessário ao catálogo de jogos da Microsoft, incluindo Call of Duty, Candy Crush e Overwatch.
Embora a Microsoft tenha vencido algumas batalhas relacionadas à fusão, ainda há obstáculos a serem superados. Embora a empresa tenha sido capaz de superar os bloqueios apresentados pela FTC, ainda não recebeu aprovação para o acordo. A FTC diz que ainda está considerando opções depois de ter perdido um recurso, e um grupo de reclamantes individuais pediu à Suprema Corte que interrompesse temporariamente o acordo.
Para os assinantes do Xbox Game Pass, o acordo significa que o catálogo de jogos da Activision Blizzard será incorporado ao serviço, provavelmente de forma semelhante ao que aconteceu com os jogos da Bethesda quando a Microsoft adquiriu essa empresa em 2020. Como isso afetará os jogadores que não têm um Xbox, mas usam um console Sony PlayStation ou Nintendo Switch, é menos claro.
Os críticos do acordo estão preocupados que a Microsoft possa tornar futuros jogos desenvolvidos pela Activision indisponíveis em consoles concorrentes. A Microsoft já fez isso com jogos desenvolvidos pela Bethesda. Isso é especialmente preocupante para um título importante da Activision, como Call of Duty. A Microsoft já concordou com um acordo de 10 anos com a Nintendo para trazer jogos Call of Duty para seus consoles, mas a Sony supostamente rejeitou um acordo semelhante. A Sony continua contra o acordo e apresentou arquivos aos reguladores sobre suas preocupações com a aquisição, mas a Microsoft e a Sony concordaram com um “acordo vinculativo” de 10 anos para manter Call of Duty na plataforma PlayStation.
O jogo em nuvem é a tecnologia para transmitir jogos de vídeo remotamente para um dispositivo, como um telefone, tablet ou smart TV. Embora a tecnologia esteja por aí há mais de uma década, foi somente nos últimos anos que ela realmente decolou, em parte graças a ser um recurso adicional para o Xbox Game Pass da Microsoft e o PS Plus da Sony. Outras empresas desenvolveram seus próprios serviços de jogos em nuvem, como Luna da Amazon e GeForce Now. O primeiro fez um acordo com a Microsoft em fevereiro para trazer mais de seus jogos para o serviço nos próximos dez anos.
Texto traduzido e adaptado do original em inglês.