O Comitê do Congresso pede aos americanos que substituam os roteadores TP-Link. Perguntamos a especialistas se eles são realmente perigosos

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Resumo:

  • Uso de roteadores TP-Link na mira do Congresso dos EUA.
  • Investigações sobre conexões da TP-Link com ataques cibernéticos apoiados pela China.
  • Possibilidade de proibição da venda de roteadores TP-Link nos EUA.
  • Fundação da empresa e mudança de sede para os EUA.
  • Experts em cibersegurança debatem sobre vulnerabilidades dos dispositivos.
  • Dicas para proteger sua rede se você tiver um roteador TP-Link.

Nunca se imaginou que um simples roteador de Wi-Fi faria aparições nos corredores do Congresso. No entanto, isso ocorreu recentemente quando o representante Raja Krishnamoorthi (D-Illinois) levantou um roteador TP-Link e declarou: “Não use isso.” Este ato foi parte de uma série de apelos para proibir esses dispositivos, motivados por ciberataques associados à China que ocorreram durante o ano passado.

As investigações sobre os roteadores TP-Link foram iniciadas por departamentos como Comércio, Defesa e Justiça, que estão avaliando a possibilidade de banir a venda desses dispositivos nos EUA. Krishnamoorthi, ao lado do representante John Moolenaar (R-Michigan), conduziu a investigação com uma carta ao Departamento de Comércio, pedindo a proibição imediata, uma ação que se baseia mais nas ligações da empresa com a China do que em problemas de segurança específicos identificados.

A TP-Link foi fundada em 1996 pelos irmãos Zhao Jianjun e Zhao Jiaxing em Shenzhen, na China. Em outubro do ano passado, a empresa transferiu sua sede para Irvine, na Califórnia, apenas dois meses após o início da investigação. A empresa alega que a maioria dos seus produtos vendidos nos EUA é fabricada no Vietnã, distanciando-se assim de sua origem chinesa. Contudo, a percepção governamental ainda a vê como uma entidade chinesa com vínculos preocupantes.

Em uma audiência no Comitê Selecionado da Câmara sobre a China, Rob Joyce, ex-diretor de cibersegurança da NSA, também expressou sua preocupação com a segurança oferecida pelos roteadores TP-Link, sugerindo que todos devem substituir os dispositivos para evitar que se tornem ferramentas de ataque.

O presidente da TP-Link, Jeff Barney, defendeu a empresa, afirmando que não houve evidências apresentadas para ligar a TP-Link ao governo chinês. A empresa tem se tornado cada vez mais dominante no mercado de roteadores nos EUA desde a pandemia, mas as alegações sobre suas vulnerabilidades não se restringem apenas a ela, segundo especialistas em cibersegurança.

Thomas Pace, CEO da NetRise, comentou sobre o risco associado a empresas chinesas: “A questão não são os dispositivos em si, mas a estrutura corporativa de cada empresa chinesa.” Pesquisadores indicam que as falhas de segurança não são exclusivas da TP-Link, mas são um problema comum em toda a indústria de roteadores. É um dilema que se agrava com a crescente pressão política para a remoção de produtos chineses das telecomunicações dos EUA.

Roteador TP-Link Deco X4300 Pro

Então, como os consumidores podem se proteger se já possuem um roteador TP-Link? Os especialistas sugerem algumas medidas de segurança:

  • Mantenha o firmware atualizado: Verifique regularmente se há atualizações disponíveis.
  • Fortaleça suas credenciais: Troque senhas padrão e utilize combinações mais complexas.
  • Considere usar um serviço VPN: Isso ajudará a proteger sua privacidade online.
  • Explore outras opções de roteadores: Se estiver preocupado, existem diversas marcas e modelos no mercado.

Roteador TP-Link Deco X4300 Pro em uma mesa de madeira
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