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Principais pontos deste artigo:
- Proibição histórica do corante Red 3 nos EUA após 30 anos de controvérsia
- Contexto regulatório do Delaney Clause que motivou a decisão da FDA
- Linha do tempo das proibições na Califórnia e impacto nacional
- Alimentos e medicamentos que ainda contêm o corante
- Alternativas naturais e sintéticas para substituição
- Orientações sobre outros corantes artificiais presentes nos alimentos
A era do Red 3 nos alimentos americanos está com os dias contados. No dia 15 de janeiro, a FDA determinou o banimento definitivo deste icônico corante vermelho, encerrando uma batalha regulatória que se arrasta desde os anos 90. A medida se baseia no Delaney Clause, legislação de 1960 que proíbe aditivos cancerígenos comprovados em animais, mesmo que o mecanismo de ação em humanos seja diferente.
Embora estudos em ratos tenham mostrado riscos cancerígenos em altíssimas doses – equivalentes a 200 vezes o consumo humano médio -, a decisão reflete uma mudança na avaliação de segurança alimentar. Bryan Hitchcock, do Instituto de Tecnólogos de Alimentos, explica: “O processo hormonal que levou ao câncer em ratos não se replica em humanos, mas o princípio precaucionário prevaleceu”.
Na prateleira dos supermercados, o Red 3 ainda estará presente por alguns anos. Fabricantes têm até 2027 para alimentos e 2028 para medicamentos reformularem suas receitas. A lista de produtos afetados inclui desde balas icônicas como PEZ e corações conversadores da Brach’s até itens surpreendentes como tiras de bacon vegetal da MorningStar Farms.
O que vem pela frente?
A indústria já testa alternativas naturais como extrato de beterraba e antocianinas de frutas vermelhas, enquanto o Red 40 surge como substituto sintético imediato. Na Califórnia, onde leis estaduais anteciparam a proibição, assembleísta Jesse Gabriel garante: “Não esperamos aumento de preços – os custos de adaptação são mínimos”.
Enquanto isso, consumidores podem consultar bancos de dados como o da Environmental Working Group, que já catalogou mais de 3 mil produtos com o corante. Para especialistas, o caso Red 3 destaca a necessidade constante de revisão científica: “Segurança alimentar é processo contínuo, não verificação única”, conclui Hitchcock.
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