O estado elétrico não pode ter uma cobrança para salvar sua vida

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Resumo da Crítica de “The Electric State”:

  • Adaptação da Netflix do romance ilustrado de Simon Stålenhag é considerada sem alma e sem inspiração.
  • Apesar do alto orçamento (US$300 milhões), o filme é comparado a “filmes” gerados por IA, carecendo de originalidade.
  • Atuações fracas e enredo disperso contribuem para a decepção geral.
  • O filme se passa em uma realidade alternativa onde a invenção de autômatos por Walt Disney leva a uma guerra devastadora.
  • Michelle, uma adolescente rebelde (interpretada por Millie Bobby Brown), busca seu irmão em um mundo pós-apocalíptico.
  • A trama envolve robôs com falas prontas e referências culturais dos anos 90 que não agregam valor à narrativa.
  • A participação de Chris Pratt e Anthony Mackie como contrabandistas não eleva a qualidade do filme, com piadas consideradasforçadas.
  • Apesar de alguns personagens robóticos interessantes, o filme se perde em sequências de ação cansativas.
  • A crítica sugere que a Netflix superestimou o poder de um elenco de estrelas e um IP conhecido para gerar sucesso automático.

Lançado em 14 de março de 2025, “The Electric State” é uma adaptação da Netflix que, infelizmente, não consegue manter sua energia vital. O filme, baseado no aclamado romance ilustrado de 2018 de Simon Stålenhag, tinha grande potencial. No entanto, a adaptação dirigida por Joe e Anthony Russo, deixa uma impressão de ser tão sem alma quanto desprovida de ideias imaginativas.

The Electric State

Com um orçamento reportado de US$300 milhões, seria razoável esperar algo visualmente deslumbrante e narrativamente envolvente. Em vez disso, “The Electric State” muitas vezes se assemelha a uma versão longa e idealizada dos “filmes” gerados por inteligência artificial que circulam nas redes sociais. É difícil entender como um projeto com tantos recursos e um elenco de peso não conseguiu entregar cenas memoráveis ou personagens que causassem impacto duradouro. O que resta são vibrações nostálgicas e product placement exagerado.

A história se desenrola em uma linha temporal alternativa onde a criação de autômatos por Walt Disney desencadeia uma guerra devastadora. Michelle (Millie Bobby Brown), uma adolescente órfã e rebelde, tenta escapar de um lar abusivo. O mundo de Michelle virou de cabeça para baixo durante o conflito entre humanos e robôs, que começou quando as máquinas exigiram direitos iguais como seres sencientes. A perda de sua família em um acidente de carro a leva a ser adotada por Ted (Jason Alexander), um sujeito desleixado.

Um robô humanoide com um monitor no lugar da cabeça exibindo um rosto humano real.

Com a aparente morte de seus pais e de seu irmão mais novo, Christopher (Woody Norman), Michelle sente que tem pouco a perder. A escola é como uma prisão para ela, onde as crianças aprendem usando Neurocasters, dispositivos que transportam os usuários para realidades virtuais. Michelle detesta essa tecnologia, em parte porque ela foi criada para dar aos humanos uma vantagem na guerra contra as máquinas.

Vivendo em um mundo onde as pessoas temem ataques de robôs sobreviventes escondidos na Zona de Exclusão, Michelle não entende o fascínio das pessoas em se desligarem da realidade. Constantemente atenta, ela se surpreende quando um robô invade seu quarto, mas é cativada pela semelhança com seus personagens de desenho animado favoritos. O robô revela (através de frases de efeito pré-gravadas) que Christopher está vivo.

O robô, visualmente semelhante às ilustrações de Stålenhag, lembra uma versão mais simpática de Bumblebee dos Transformers. Ao insistir para que Michelle o siga em uma missão para encontrar Christopher, parece que os diretores se vangloriam por criar um personagem que personifica o mundo devastado de “The Electric State”: uma entidade danificada que busca ser vista como pessoa e ter a chance de viver em paz. No entanto, esses detalhes não se traduzem em uma narrativa profunda, e a falta de química entre Brown e seu companheiro de CGI é evidente. O filme se concentra em exibir o maior número possível de máquinas quebradas.

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“The Electric State” falha em construir um mundo convincente, limitando-se a referências culturais dos anos 90 e cenas de usuários de Neurocaster desmaiados nas ruas. Em vez de explorar a fundo a ambientação, o filme se contenta em apresentar Ethan Skate (Stanley Tucci), o inventor do Neurocaster, como um vilão que busca capturar o robô de Michelle com a ajuda do Coronel Marshall Bradbury (Giancarlo Esposito). A perseguição de Bradbury se torna um pretexto para exibir a paisagem repleta de máquinas destruídas pela guerra.

A trama se torna ainda mais arrastada quando Michelle encontra Keats (Chris Pratt), um contrabandista sem graça, e seu companheiro robótico Herman (Anthony Mackie), que ganham a vida vendendo produtos da Zona de Exclusão. Ao contrário de Michelle, Pratt e Mackie conseguem transmitir a experiência de pessoas que viveram um apocalipse e se tornaram excêntricas devido ao isolamento. Seu conhecimento da Zona de Exclusão e acesso a veículos os tornam ideais para levar Michelle e seu robô ao destino. No entanto, as piadas sobre Twinkies e Big Mouth Billy Bass (reforçando a ambientação nos anos 90) são suficientes para torcer para Bradbury.

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A falta de humor é um problema, apesar dos esforços do filme em apresentar personagens robóticos incomuns, como a robô carteira Penny Pal (Jenny Slate), a máquina de adivinhação Perplexo (Hank Azaria) e seu líder, Mr. Peanut (Woody Harrelson). Poderia haver potencial se o filme se concentrasse mais nas vidas desses robôs marginalizados, que lembram as criações de Sid em Toy Story.

Em vez disso, o último terço do filme se apressa em sequências de ação cansativas que não correspondem às expectativas de um projeto tão caro. “The Electric State” deixa a impressão de que a Netflix deu sinal verde ao projeto, acreditando que a combinação dos irmãos Russo, um IP conhecido e um elenco de estrelas seria garantia de sucesso. Mas essa fórmula não funciona, e é melhor ler o livro.

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“The Electric State” também conta com Colman Domingo, Ke Huy Quan, Martin Klebba, Alan Tudyk, Susan Leslie e Rob Gronkowski. O filme está disponível na Netflix.

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