O governo Trump apaga financiamento para impactos climáticos na pesquisa em saúde

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Resumo

  • Corte de financiamento para pesquisas sobre impactos climáticos na saúde.
  • Decisão afeta projetos do National Institutes of Health (NIH).
  • Preocupações com o aumento de riscos à saúde devido às mudanças climáticas.
  • Críticas de especialistas e defensores da saúde pública.

A administração Trump anunciou recentemente o corte de financiamento para pesquisas sobre os impactos das mudanças climáticas na saúde, uma decisão que coloca em risco projetos do National Institutes of Health (NIH). Essa medida, divulgada por meio de documentos internos, pode interromper novos programas acadêmicos e estudos que investigam como o clima afeta diretamente a saúde humana.

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De acordo com relatos, o NIH instruiu seus funcionários a suspender o financiamento para pesquisas relacionadas ao clima, o que pode afetar iniciativas como o Climate Change and Health Initiative, lançado em 2021. Esse programa apoiava estudos sobre os efeitos de incêndios florestais, estresse térmico e transmissão de vírus por mosquitos, entre outros.

Especialistas em saúde pública alertam que essa decisão representa um retrocesso na proteção dos cidadãos contra os efeitos das mudanças climáticas, como eventos climáticos extremos e desastres naturais. Juan Declet-Barreto, cientista sênior da Union of Concerned Scientists, descreveu a medida como um “ataque direto à nossa saúde e à ciência que nos protege”.

As mudanças climáticas já estão causando impactos significativos na saúde humana. Por exemplo, o aumento das temperaturas globais está relacionado à formação de mais poluição atmosférica, como o smog, que pode agravar problemas respiratórios como asma e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Além disso, ondas de calor extremas são uma das principais causas de mortes relacionadas ao clima nos Estados Unidos.

Em resposta às críticas, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) afirmou que está “restaurando as agências à sua tradição de ciência baseada em evidências”. No entanto, muitos veem essa decisão como parte de uma agenda mais ampla que prioriza interesses econômicos em detrimento da saúde pública e do meio ambiente.

Essa polêmica ocorre em um momento em que as evidências científicas sobre os efeitos das mudanças climáticas na saúde são mais claras do que nunca. Crianças nascidas em 2024, por exemplo, enfrentarão um futuro com ar de pior qualidade, dias mais quentes e interrupções sociais causadas pelo clima, segundo um relatório recente da revista The Lancet.

Enquanto isso, defensores da ciência e da saúde pública continuam a pressionar por políticas que priorizem a proteção da população e do planeta, alertando para os riscos de ignorar os impactos das mudanças climáticas na saúde humana.

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