- O Google apresentou novas funcionalidades de inteligência artificial ao vivo no palco
- Necessidade de mais transparência ao falar sobre IA para evitar expectativas irreais
- A pressão sobre a Apple para convencer os consumidores a atualizarem para o iPhone 16, após Google e Samsung mostrarem seus truques de IA
No evento de revelação dos telefones Pixel da Google, a empresa fez algo que deixou meu coração de repórter de tecnologia animado: mostrou novas funcionalidades de IA ao vivo no palco, diante de uma plateia. Apresentações de produtos ao vivo raramente são vistas hoje em dia, já que as empresas transformaram o evento de revelação do produto, que antes era íntimo, em um comercial altamente produzido de 90 minutos. No entanto, a Google estava lidando com uma IA generativa, onde ir ao vivo é mais arriscado do que nunca. Foi uma jogada de poder da gigante da tecnologia, e foi refrescante de ver. Claro que não foi perfeito. Um soluço no processamento com a primeira demonstração deixou o pobre apresentador implorando aos “espíritos da demonstração”. Outra demo envolveu a geração da imagem de um balão de ar quente, resultando em uma bolha laranja que nosso apresentador chamou de “um pouco abstrata”. Várias outras demonstrações de IA do Google Gemini ocorreram sem problemas. Mas o que a IA pode gerar muitas vezes é imprevisível. E a equipe da Google sabia que não poderia garantir a perfeição (por isso continuadamente lembrava à plateia de como isso era ao vivo). Porém, ser real é o que os consumidores precisam agora mais do que nunca, em uma era de conteúdo artificialmente gerado.
Nos últimos anos, as empresas de tecnologia se referiram à IA como se fosse mágica. Quando a realidade não corresponde à proposta de vendas, parece, francamente, que estamos sendo enganados. Precisamos de mais honestidade ao falar sobre IA, ou os clientes ficarão rapidamente irritados com essas expectativas irreais. Todos os olhos estarão voltados para a Apple em setembro, quando espera-se que os próximos iPhones sejam revelados, juntamente com o lançamento do esforço de IA da empresa chamado Apple Intelligence. Mas a pressão aumenta pelo fato de que Google e Samsung já mostraram todos os seus melhores truques de IA para smartphones este ano. (Normalmente a Google realiza seu evento Pixel após o evento do iPhone da Apple). A Apple talvez precise fazer um pouco mais para convencer as pessoas de que vale a pena fazer upgrade para um iPhone 16, já que elas já viram todas as novidades que o Google afirmou poder fazer com os dispositivos Pixel. Durante o evento Pixel da Google, a empresa comparou uma foto panorâmica noturna do novo Pixel 9 Pro XL com uma imagem do iPhone 15 Pro Max. Como dono de um iPhone, fiquei desejando que pudéssemos ter as panorâmicas noturnas mais avançadas do Pixel. E gostaria que o Apple Watch pudesse ter a capacidade do Pixel de colocar chamadas telefônicas em espera. Gostaria também de ver o Apple Watch, como o Pixel, capaz de contatar os serviços de emergência para ajudar caso o coração do proprietário pare de bater.
Nessa batalha de smartphones, a imitação faz parte do jogo. A Google também muitas vezes copia a Apple. Nesta semana, a Google anunciou que adicionou o Satellite SOS, semelhante ao Emergency SOS da Apple, para chamar ajuda quando não há recepção celular. Com um pouco de paciência, todos os telefones parecem eventualmente obter as mesmas funcionalidades. Mas será interessante ver como chegaremos lá.