Os ataques contra jornalistas ambientais aumentaram dramaticamente em todo o mundo, de acordo com um relatório divulgado pela UNESCO para comemorar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa. UNESCO e a Federação Internacional de Jornalistas entrevistaram 905 jornalistas em 129 países. Entre 2009 e o ano passado, mais de 70% dos repórteres sofreram ataques enquanto trabalhavam em histórias ambientais que variavam de mineração e desmatamento a protestos e grilagens de terra.
Houve mais de 300 ataques relatados nos últimos cinco anos, um aumento de 42% em relação ao período anterior de cinco anos. Os ataques ocorrem de várias formas, desde ameaças legais e assédio online até violência física e ameaças de morte – embora os ataques físicos sejam os mais comuns. Eles foram perpetrados por governos autoritários, corporações e grupos criminosos. Esta é a tipo de coisa desagradável que não desaparece a menos que você a encare de frente.
Como jornalista ambiental, fico horrorizado, mas não surpreso. Também me sinto de certa forma aliviado por haver dados para documentar as histórias que os jornalistas compartilham uns com os outros enquanto estão no campo ou se recuperando durante uma refeição. Esta é a tipo de coisa desagradável que não desaparece a menos que você a encare de frente. Não me entenda mal, eu adoro ser um repórter ambiental. Entrar profundamente em uma floresta é um ótimo dia de trabalho. Mas às vezes a natureza remota deste trabalho pode representar um risco. Trabalhar em áreas isoladas enquanto reporta questões como desmatamento ou despejo ilegal de resíduos pode deixar os jornalistas ambientais “longe do alcance de ajuda imediata ou proteção legal”, diz o relatório.
- Os ataques contra jornalistas ambientais têm aumentado em todo o mundo;
- As ameaças vêm de governos autoritários, corporações e grupos criminosos;
- O jornalismo ambiental é uma ocupação precária, muitas vezes deixada para pequenas e subfinanciadas redações de jornais e repórteres independentes.
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