O que é a “remoção de carbono baseada na natureza” e é melhor do que as compensações de carbono? – A beira

Empresas de tecnologia estão cada vez mais recorrendo à natureza para limpar suas emissões de gases de efeito estufa. A ideia é usar plantas e ecossistemas que naturalmente absorvem CO2 para compensar a poluição industrial, uma tática que as marcas passaram a chamar de “remoção de carbono baseada na natureza”. À primeira vista, essas tentativas soam muito parecidas com projetos de compensação de carbono com um passado controverso. Por décadas, empresas têm comprado créditos de projetos de compensação para tentar cancelar parte da sua pegada de carbono, geralmente plantando árvores, restaurando ou protegendo ecossistemas que sequestram CO2 através da fotossíntese. Isso tudo soa verde e bonito no papel. Mas estudos têm mostrado que essa estratégia repetidamente falha em ter um impacto significativo sobre as mudanças climáticas e até mesmo pode levar a mais danos ambientais.

Todo esse papo de remoção de carbono baseada na natureza é apenas uma reformulação de projetos de compensação de carbono que ganharam má reputação? Google, Meta, Microsoft e Salesforce, por exemplo, estão investindo em remoção de carbono baseada na natureza. A resposta, é claro, é complicada — e depende de quem você pergunta. Neste ponto, ninguém nega que houve problemas no passado quando se trata de depender de árvores para limpar a poluição climática. O que ainda está por se ver é se podem haver salvaguardas para levar a resultados melhores ou se estamos simplesmente repetindo erros do passado.

Em vez de mudar a forma como fazem negócios para reduzir as emissões de CO2, as empresas geralmente compraram créditos de compensação para basicamente comprar uma saída para o problema. Muitas empresas têm contado com créditos de compensação de projetos florestais para contrabalançar a maioria de sua poluição de carbono. Cada crédito representa uma tonelada de poluição de dióxido de carbono evitada pelo plantio de uma árvore ou prevenindo o desmatamento. A estratégia muitas vezes é criticada como um passe livre se a empresa não estiver realmente reduzindo suas emissões ao mesmo tempo — especialmente se comprar créditos de carbono de baixa qualidade.

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