O que um vídeo de 100 pixels pode nos ensinar sobre contar histórias em todo o mundo?

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Resumo

  • O estúdio colaborativo CAMP, fundado em 2007, utiliza vídeo e vigilância para explorar como registramos e nos movemos pelo mundo.
  • A primeira grande exposição do CAMP nos EUA acontece no Museu de Arte Moderna de Nova York, com três projetos de vídeo que abrangem duas décadas de trabalho.
  • Os projetos incluem retratos interativos de bairros, filmagens de celular de marinheiros no Oceano Índico e a reimaginação de câmeras de vigilância como ferramentas de exploração.
  • Shaina Anand e Ashok Sukumaran, fundadores do CAMP, discutem a importância de manter arquivos digitais abertos e a natureza efêmera das filmagens.
  • O CAMP também mantém arquivos online, como o Pad.ma e o Indiancine.ma, que preservam materiais brutos e metadados do cinema indiano.

Desde sua fundação em 2007, o estúdio colaborativo CAMP, sediado em Mumbai, tem utilizado vigilância, redes de TV e arquivos digitais para examinar como nos movemos e registramos o mundo. Além de seus projetos de filmes e vídeos, o estúdio prolífico também administra um cinema no telhado em Mumbai e mantém diversos arquivos de vídeo online, incluindo o maior arquivo digital de filmes indianos.

Shaina Anand and Ashok Sukumaran at the opening for the exhibit Video After Video: The Critical Media of CAMP, at The Museum of Modern Art in New York on February 20th, 2025.

A primeira grande exposição do CAMP em um museu dos EUA está em exibição no Museu de Arte Moderna de Nova York até 20 de julho de 2025. A mostra inclui três projetos de vídeo que abrangem duas décadas de trabalho, explorando desde retratos interativos de bairros até filmagens de celular feitas por marinheiros no Oceano Índico. Um dos filmes, From Gulf to Gulf to Gulf, utiliza vídeos gravados por marinheiros para documentar suas jornadas e vidas diárias, enquanto outro projeto recria a função de câmeras de vigilância para fins de exploração, em vez de controle.

From Gulf to Gulf to Gulf presented in the first room of the Video After Video: The Critical Media of CAMP exhibition.

Em uma entrevista com os fundadores do CAMP, Shaina Anand e Ashok Sukumaran, eles falam sobre a importância de manter arquivos digitais abertos e como materiais que nunca chegam a um filme finalizado podem ser os mais reveladores. “Para nós, o que foi impressionante foi como essas imagens surgiam no meio do nada, no mar, quando um marinheiro filmava com seu celular”, explica Shaina Anand.

Os vídeos dos marinheiros eram originalmente compartilhados via Bluetooth, criando uma rede de troca informal entre as embarcações. “Eles gravavam vídeos e adicionavam músicas, mas, como a memória dos celulares era limitada, muitos eram apagados”, diz Ashok Sukumaran. O CAMP vê valor nessa prática, destacando que esses registros efêmeros são uma forma de expressão cultural única.

O compromisso do CAMP com arquivos digitais é evidente em projetos como o Pad.ma, um arquivo online que preserva materiais brutos de filmes, e o Indiancine.ma, que reúne metadados do cinema indiano. “Esses arquivos permitem que pesquisadores, ativistas e estudiosos acessem material que nunca foi mostrado ao público”, diz Shaina Anand.

Shaina Anand, Ashok Sukumaran, Rohan Chavan, and Jan Gerber from left.

Outro projeto em destaque na exposição é Bombay Tilts Down, que utiliza câmeras de vigilância para explorar a cidade de Mumbai. “Essas câmeras são projetadas para reconhecimento facial, mas nós as usamos para filmar a cidade”, explica Shaina. O projeto desafia a noção de vigilância, transformando-a em uma ferramenta de exploração e criação artística.

Shaina Anand stands in front of the projection of Bombay Tilts Down displayed in the final room of the exhibit, Video After Video: The Critical Media of CAMP.

O CAMP continua a inovar, explorando novas formas de pensar sobre tecnologia, arquivo e arte. Sua exposição no MoMA é uma oportunidade única para mergulhar no universo criativo deste estúdio que desafia as fronteiras entre arte, tecnologia e sociedade.

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