A NASA está se preparando para iniciar um experimento chamado GUSTO — abreviação de Observatório Espectroscópico Terahertz Galactic / Extragalático ULDB — para coletar dados que serão usados para criar um mapa tridimensional de uma parte da Via Láctea.
O experimento GUSTO envolve um telescópio que flutuará a 120.000 pés sobre a Antártica por um balão de alta altitude por pelo menos 55 dias, absorvendo ondas de rádio de alta frequência permeando o meio interestelar cósmico — um termo que se refere aos gases, poeira, radiação e outros materiais que compõem o espaço entre as estrelas. A NASA tem um guia divertido para seus balões científicos que explica os balões de pressão zero e superpressão que usa para missões como esta.
O GUSTO irá procurar sinais de carbono, oxigênio e nitrogênio no meio interestelar, buscando pistas sobre como as estrelas e planetas se formam – especificamente, o que faz com que as partículas espaciais se unam para formar as nuvens moleculares que antecedem a formação estelar. O balão será lançado da Estação McMurdo na Antártica “não antes de 21 de dezembro”, de acordo com a NASA.
O investigador líder do projeto GUSTO, Chris Walker, da Universidade do Arizona, diz que o GUSTO é unicamente adequado para a tarefa de captar as frequências terahertz que as partículas transmitem. “Basicamente temos este sistema de rádio que construímos e podemos girar a chave e sintonizar na frequência dessas linhas”, disse no anúncio da NASA. “Se ouvirmos algo, sabemos que são eles. Sabemos que são aqueles átomos e moléculas”.
A NASA diz que a missão também “revelará a estrutura tridimensional da Grande Nuvem de Magalhães”, que é uma galáxia anã perto da Via Láctea que é visível a olho nu de partes do hemisfério sul da Terra. O telescópio voará no anticiclone atmosférico do Polo Sul, que o guiará em círculos ao redor do pólo durante a missão.
O GUSTO não é o único instrumento científico de balão que a NASA usa. A agência vem usando balões para enviar cargas úteis, pesando às vezes milhares de libras, por mais de 30 anos. Esta missão em particular é o primeiro do Programa Explorers da NASA, disse a representante da NASA Elizabeth Landau ao The Verge em um e-mail. Explorers existe para “fornecer frequentes oportunidades de voo para investigações científicas de classe mundial do espaço utilizando abordagens de gestão inovadoras, racionalizadas e eficientes dentro das áreas da heliofísica e astrofísica”, de acordo com a NASA.
#tecnologia #primeirapágina #espaço #Ciência #nasa #notícias #tecnologia