O vídeo viral de Trump Gaza mostra a rapidez com que a IA pode se espalhar
Resumo dos principais tópicos:
- Vídeos gerados por IA estão se tornando mais comuns e acessíveis.
- Um vídeo gerado por IA foi compartilhado pelo presidente Donald Trump, mostrando uma visão futurista da Faixa de Gaza como um resort de luxo.
- O vídeo foi criticado por ser “estranho, de mau gosto e bizarro”.
- A tecnologia de deepfake pode ser usada para criar conteúdo enganoso e manipulador.
- Pesquisadores alertam que a tecnologia de deepfake pode ter consequências preocupantes no futuro.
Os vídeos gerados por IA não são novidade, mas à medida que os modelos de IA se tornam mais avançados e fáceis de usar, eles começam a aparecer em novos contextos. Recentemente, o presidente Donald Trump compartilhou um vídeo gerado por IA que mostra uma visão futurista da Faixa de Gaza como um resort de luxo, com ele e o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu relaxando na praia.
O vídeo foi criticado por ser “estranho, de mau gosto e bizarro” e sua origem é incerta, embora possa ter sido criado por contas pró-israelenses que produzem conteúdo gerado por IA. A tecnologia de deepfake pode ser usada para criar conteúdo enganoso e manipulador, e pesquisadores alertam que ela pode ter consequências preocupantes no futuro.
Henry Ajder, um cartógrafo de IA e deepfake, afirmou que a tecnologia de deepfake é cada vez mais fácil e barata de acessar, o que pode levar a resultados problemáticos. “O impacto político dos deepfakes na mídia sintética é menos sobre engano e mais sobre criar uma mensagem e uma marca”, disse ele.
O vídeo de Trump não é o primeiro exemplo de um político usando a tecnologia de deepfake para apoiar sua causa. Em 2018, o Partido Socialista Belga lançou um vídeo de deepfake do presidente Trump pedindo que os belgas se retirassem do Acordo Climático de Paris. Além disso, a tecnologia de deepfake tem sido usada em outras partes do mundo, como na Índia e no Sudeste Asiático, para criar conteúdo político.
A tecnologia de deepfake continua a melhorar e a se tornar mais acessível, o que pode levar a resultados problemáticos no futuro. Encontrar a fonte original de um vídeo de deepfake pode ser difícil, o que torna a responsabilização difícil. “Estamos sete anos e meio, oito anos no desenvolvimento de deepfakes e mídia sintética”, disse Ajder. “Isso é apenas o início do que pode acontecer no futuro”.