Office de direitos autorais Punts de IA e uso justo, uma das maiores questões em torno da Gen Ai

Resumo

  • US Copyright Office divulga relatório sobre AI e direitos autorais
  • Relatório não define claramente se AI pode usar conteúdo protegido
  • Questão de fair use permanece sem resolução
  • Casos de violação de direitos autorais continuarão nos tribunais

O Escritório de Direitos Autorais dos EUA divulgou seu terceiro relatório sobre a questão dos direitos autorais em relação ao conteúdo gerado por inteligência artificial (AI). O relatório não trouxe a clareza esperada sobre se as empresas de AI podem usar materiais protegidos por direitos autorais sob a defesa de “fair use” ou se os criadores podem alegar violação de direitos autorais.

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A questão central gira em torno do treinamento de modelos de AI e se as empresas têm justificativa legal para usar conteúdo protegido sem licenciamento ou compensação aos detentores dos direitos autorais. O relatório não descartou a possibilidade de um caso de fair use para empresas que usam material protegido, mas destacou que isso depende do modelo de AI, seu uso e o que é produzido.

O relatório analisa os quatro principais fatores considerados em casos de fair use: propósito do uso, natureza da obra, quantidade e substancialidade do uso, e efeito no mercado. Um aspecto importante é a “transformatividade” da obra, ou seja, se os chatbots e geradores de imagens de AI criam saídas substancialmente diferentes do conteúdo original de treinamento.

O Escritório de Direitos Autorais dos EUA está atualmente sob controvérsia política, com relatos de que seu chefe foi demitido. Enquanto isso, casos de violação de direitos autorais envolvendo empresas de AI continuam nos tribunais, e a questão de fair use permanece sem resolução.

Uma possível solução apontada pelo relatório é o licenciamento de conteúdo, prática já adotada por alguns publicadores e detentores de catálogos de conteúdo. No entanto, há preocupações de que isso possa favorecer grandes empresas de tecnologia que podem pagar por esse conteúdo, deixando de fora desenvolvedores menores.

Por ora, permanece a incerteza sobre como os tribunais julgarão os casos envolvendo AI e direitos autorais.