A indústria de fones de ouvido não é conhecida por sua evolução rápida. Existem desenvolvimentos como som espacial e avanços contínuos na fidelidade de áudio Bluetooth, mas na maior parte, a indústria conta avanços em décadas em vez de anos. Isso faz com que a chegada dos fones de ouvido Aurvana Ace — os primeiros fones sem fio com drivers MEMS — seja um evento bastante incomum.
Recentemente escrevi sobre exatamente o que é a tecnologia MEMS e por que ela importa, mas a Creative é a primeira marca de consumo a vender um produto que a usa. A Creative revelou dois modelos, o Aurvana Ace (US$ 130) e o Aurvana Ace 2 (US$ 150) em conjunto. Ambos possuem drivers MEMS, a principal diferença é que o modelo Ace suporta aptX Adaptive de alta resolução enquanto o Ace 2 tem aptX Lossless de ponta (as vezes comercializado como “qualidade de CD”). O modelo Ace 2 será nosso foco a partir de agora.
Em equidade para a Creative, a simples inclusão de drivers MEMS já seria um ponto de venda único, mas o suporte aptX mencionado acrescenta outra camada de credenciais HiFi na mistura. Então há ANC adaptativo e outros detalhes como carregamento sem fio que dão ao Ace 2 uma folha de especificações forte para o preço. Ausências óbvias incluem pequenos recursos de qualidade de vida como pausar a reprodução ao remover um fone e personalização de áudio. Esses poderiam ter sido duas vitórias fáceis que tornariam ambos os modelos bastante difíceis de superar pelo preço em termos de recursos caso nada mais.
Quando testei os primeiros fones in-ear com motores xMEMS, o Singularity Oni, o detalhe extra no agudo era óbvio, especialmente em gêneros como metal e drum & bass. As frequências mais baixas eram mais desafiadoras, com a xMEMS, empresa por trás dos drivers em ambos o Oni e o Aurvana, admitindo que uma configuração híbrida com um driver de baixo convencional poderia ser a opção preferida até que seus próprios alto-falantes possam lidar com mais graves. É exatamente isso que temos aqui no Aurvana Ace 2.
A diferença chave entre o Aurvana Ace 2 e o Oni, entretanto, é mais importante do que um bom grave (mesmo isso sendo possível). Fones com base em MEMS precisam de uma pequena quantidade de potência de “bias” para funcionar, isso não impacta a vida útil da bateria, mas a Singularity usou um DAC dedicado com um modo específico para xMEMS.” A Creative usa um chip de amplificador específico que demonstra, pela primeira vez, fones consumer com base em MEMS em uma configuração sem fio. A popularidade dos fones verdadeiramente sem fio (TWS) nos dias de hoje significa que para que a MEMS pegue, ela precisa ser compatível.
A boa notícia é que mesmo sem o caro DAC iFi que os IEMs Singularity Oni precisavam para funcionar, o Aurvana Ace 2 trazem clareza extra nas frequências mais agudas em comparação com produtos rivais nesse preço. Ou seja, mesmo com graves melhorados, os drivers MEMS claramente favorecem as frequências médias e agudas. O resultado é um som que acerta um bom equilíbrio entre detalhe e corpo.
# #áudio #fonesdeouvido #criativo #memes #análise