Por que você deve ignorar seu IMC e se concentrar nisso –

Se você já teve seu peso e altura gravados no consultório médico, é provável que tenha ouvido falar do índice de massa corporal, ou IMC. O IMC é amplamente utilizado como um marcador de saúde, mas acaba não sendo muito preciso – especialmente para pessoas de cor. Em vez disso, é melhor aprender sua porcentagem de gordura corporal e distribuição de gordura. Esses números podem lhe dar uma imagem muito melhor de sua saúde geral. Nós explicamos a história por trás do IMC e como a porcentagem de gordura corporal se relaciona com sua saúde. Leia mais para melhor compreensão do motivo pelo qual o IMC está ultrapassado e maneiras melhores de determinar seu estado de saúde.

Para descobrir a história por trás do IMC, temos que olhar para o estatístico flamengo Lambert Adolph Jacque Quetelet, que nos deu o conceito de “médias sociais”. Ele estava em busca da definição do “homem médio” e queria encontrar uma distribuição de gordura corporal que lhe desse uma curva em forma de sino. Quetelet descobriu em 1835 que uma equação bastante precisa para a relação de massa corporal com altura era dada ao elevar ao quadrado a razão entre peso e altura. E assim, o índice de massa corporal nasceu (embora ainda não fosse chamado assim). Essa é muita linguagem matemática, mas a parte importante é que Quetelet não era médico, nem estava estudando obesidade ou saúde – ele procurava uma maneira de analisar populações. O Índice de Quetelet também não diferenciava entre gordura e músculo, levando em conta apenas a massa corporal total.

Como o IMC começou a ser usado como indicador da saúde individual? Em um estudo nos anos 1970, o pesquisador Ancel Keys conduziu uma pesquisa com mais de 7.500 participantes, tentando encontrar a maneira mais eficaz de medir a gordura corporal. Após testar o índice de massa corporal, a determinação por água e pinças de calibre, o primeiro dos três foi considerado o melhor e mais econômico método para fazê-lo. O problema com o estudo de Keys? Os participantes eram todos homens e predominantemente brancos. Mesmo assim, em 1985, o National Institute of Health mudou sua definição de obesidade para incluir o IMC, dizendo que é “uma medida simples altamente correlacionada com outras estimativas de obesidade”. E assim, o IMC se tornou uma maneira fácil de medir o risco de doenças relacionadas à obesidade. Mas apenas porque o IMC é simples e econômico de medir, isso não significa que é preciso para todos.

Agora que determinamos que o IMC não é uma maneira super precisa de medir a saúde de uma pessoa e o risco de doenças, podemos recorrer a uma medição que é muito mais eficaz: a porcentagem de gordura corporal. A porcentagem de gordura corporal tem se mostrado um indicador preciso do risco de osteoporose com o avanço da idade, pressão sanguínea alta e outros riscos cardiometabólicos, diabetes e mortalidade aumentada em geral – tudo quando o IMC ou peso das pessoas indicaria que estão de outra forma saudáveis. Os pesquisadores não sabem toda a história por trás do IMC, da porcentagem de gord…