Antes da eleição presidencial, o caminho para taxas de hipoteca mais baixas parecia relativamente claro: enquanto as figuras oficiais de inflação continuassem a diminuir, o Federal Reserve realizaria mais cortes nas taxas de juros, ajudando os custos de empréstimos dos consumidores a declinarem gradualmente em 2025. Era isso. Agora os especialistas do mercado imobiliário não estão tão certos. “As taxas de hipoteca não vão cair tanto quanto esperávamos, e a acessibilidade ainda será um desafio,” disse Lisa Sturtevant, economista-chefe da Bright MLS, um serviço de listagem múltipla que atende o centro-oeste dos EUA.
Apesar de duas reduções nas taxas de juros pelo Fed neste outono, as taxas de hipoteca mudaram de direção e subiram, e não caíram. O Fed não define diretamente as taxas de hipoteca, e nem a Casa Branca – os emprestadores o fazem. Saltos recentes no mercado de hipotecas foram, em parte, devido aos investidores do mercado de obrigações “precificando” a expectativa de uma segunda administração Trump. As taxas de juros de hipotecas estão intimamente ligadas ao rendimento das obrigações do Tesouro a 10 anos, e os investidores do mercado de títulos elevam ou baixam os rendimentos com base no que acreditam que vai acontecer no futuro – não no que está acontecendo agora.
Mas uma nova administração presidencial, mudanças na perspectiva geopolítica e a possibilidade de uma reinflação têm o poder de mover as taxas de hipoteca em mais de 1% em qualquer direção, disse Colin Roberston, fundador do site de mercado imobiliário The Truth About Mortgage. “Em 2025, não focaria nas taxas de hipoteca,” disse Jeb Smith, corretor de imóveis licenciado e membro do conselho de especialistas financeiros da CNET Money. Smith recomenda priorizar coisas que podem diminuir sua taxa de hipoteca individual, como economizar para um pagamento inicial maior e aumentar sua pontuação de crédito. Em vez de tentar cronometrar o mercado imobiliário, Smith disse para se concentrar nos fatores que você pode realmente controlar.