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Programa federal de banda larga rural perde diretor

Resumo dos principais tópicos:

• Evan Feinman é afastado da liderança do programa BEAD.
• Programa visa conectar áreas rurais aos serviços de internet de alta velocidade.
• Críticas sobre a transição do programa de fibra para internet via satélite.
• Comentários de Feinman alertam para consequências negativas em potencial.
• Mudanças administrativas podem impactar a continuidade do programa.

O programa de acesso à internet de alta velocidade para áreas rurais dos EUA, o Broadband Equity, Access, and Deployment (BEAD), está passando por uma reestruturação significativa com a saída do seu diretor, Evan Feinman. Feinman expressou preocupações sobre as possíveis consequências nefastas de um plano que poderia priorizar a internet via satélite em detrimento da infraestrutura baseada em fibra, o que pode afetar a conectividade em muitas regiões carentes do país.

O BEAD, que recebeu um financiamento de $42,5 bilhões, foi criado para proporcionar acesso à internet de pelo menos 100 Mbps para localidades subatendidas. No entanto, a recente revisão do programa pelo Departamento de Comércio levantou questões sobre a eficácia até agora. Feinman, em um e-mail interno, alertou que a substituição da fibra por satélites, como o Starlink de Elon Musk, poderia resultar em “resultados profundamente negativos” para as populações rurais.

As mudanças propostas pelo novo governo podem alterar drasticamente o rumo do BEAD, incluindo a possibilidade de remover requisitos que promovem a resiliência climática e a acessibilidade financeira, que eram anteriores ao programa. Feinman criticou essas mudanças, afirmando que elas poderiam deixar áreas rurais do país em uma situação de abandono digital, enquanto tornam Musk ainda mais rico com contratos potencialmente lucrativos.

A alguns estados, como Delaware e Nevada, já se encontravam em um estágio avançado da implementação do programa, prontos para prosseguir com suas propostas finais. Contudo, agora enfrentam incertezas e possíveis atrasos. Enquanto algumas áreas do país estão a um passo de garantir melhor conectividade, as mudanças administrativas podem atrasar o processo. Feinman afirmou que muitos desses estados estão em uma posição de estar prontos para começar, mas a nova administração impede que avancem com seus planos.

A situação é ainda mais complicada pela falta de clareza sobre como as mudanças afetarão os 30 estados que já estão em processo de seleção de subcontratados. A preocupação é que não haja garantias sobre a validade dos recursos investidos até o momento e se serão necessários novos processos de seleção.

A mudança na direção do programa BEAD levanta questões sobre o futuro da conectividade em áreas rurais dos EUA. Com o potencial de fechar as portas para a indústria sem fio e favorecer as tecnologias de satélite, a esperança de uma internet rápida e confiável em localidades carentes pode estar em risco. O que se segue para o BEAD e para as comunidades rurais dependerá das decisões políticas que virão nos próximos meses.

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