O Senado americano discute atualmente uma proposta para ampliar o “crédito tributário por filho” nos próximos três anos, caso a nova lei seja aprovada e sancionada. Em 2021, o Congresso aumentou temporariamente este crédito como parte de um pacote de ajuda contra a pandemia, o que ajudou a reduzir a pobreza infantil aos menores níveis da história. Entretanto, a ampliação não foi estendida para além de 2022.
A proposta em discussão funcionaria de forma diferente da ampliação de 2021. O Centro de Políticas Orçamentárias e Fiscais estima que 16 milhões de crianças em famílias de baixa renda seriam beneficiadas no primeiro ano. O crédito faz parte de um projeto de lei fiscal maior, que estenderia alguns incentivos para empresas.
A proposta ampliaria o crédito tributário por filho, atualmente de US$ 2 mil, para US$ 1,8 mil em 2023, US$ 1,9 mil em 2024 e US$ 2 mil em 2025. Parte do crédito poderia ser devolvido via restituição mesmo se não houvesse imposto a pagar. A ampliação de 2021 chegou a US$ 3,6 mil por criança menor de 6 anos e US$ 3 mil para as entre 6 e 17 anos, sendo totalmente devolvido.
“15 milhões de crianças de famílias de baixa renda serão beneficiadas”, disse o senador Ron Wyden. Críticos afirmam que o crédito anterior deixava de fora até 19 milhões das famílias mais pobres. Com o novo crédito, mais famílias de baixa renda poderiam receber a parte devolvível. O projeto também levaria em conta o número de filhos na família.
Para ter direito ao benefício, as famílias precisariam atender alguns requisitos, como renda e cidadania. Diferente de 2021, quando metade era paga mensalmente, sob a nova proposta o crédito seria declarado no Imposto de Renda. A Câmara aprovou o projeto, mas sua aprovação no Senado é incerta. A Casa Branca manifestou apoio à ampliação.