Ser espancado por Magic: The Gathering Final Fantasy Sets Designer foi um passeio selvagem

Principais destaques:

• Encontro inusitado com o designer-chefe do set de Final Fantasy em Magic: The Gathering
• Processo criativo de adaptar 16 jogos em 310 cartas colecionáveis
• Mecânicas inovadoras e referências fiéis à franquia Square Enix
• Desafios de balanceamento para formato competitivo Standard
• Estratégias para atrair novos jogadores aos universos cruzados

Num cenário que uniu dois gigantes dos games, a experiência de jogar Magic: The Gathering contra o próprio arquiteto do aguardado set de Final Fantasy revelou-se tão intensa quanto uma batalha épica contra Sephiroth. Gavin Verhey, designer principal da Wizards of the Coast, não apenas criou as cartas – ele as domina como um veterano de Midgar.

A fusão entre a complexidade estratégica de Magic e o rico universo Final Fantasy exigiu cinco anos de desenvolvimento meticuloso. Cada carta funciona como uma cápsula do tempo: desde a icônica cena de Final Fantasy VI onde um personagem arremessa um trem até a emocionante road trip de Final Fantasy XV capturada em simples terrenos de mana.

O design das cartas esconde camadas de referências. “Queríamos que até jogadores casuais reconhecessem elementos universais da série”, explica Verhey. A solução foi incluir desde comerciantes de armas até os lendários Eidolons, enquanto reservava as raras “cartas-saga” para momentos icônicos como a transformação de Terra em Esper.

O equilíbrio competitivo trouxe desafios únicos. A equipe realizou intensas sessões de playtest com profissionais para garantir que Cloud Strife e companhia não quebrassem o meta-jogo. “Criaturas-saga foram nossa resposta para traduzir invocações poderosas sem desbalancear combates”, revela o designer sobre a mecânica que alterna entre formas heroicas e transformadas.

Para novos jogadores, o Starter Kit com decks prontos de Cloud vs Sephiroth oferece porta de entrada perfeita. Já os veteranos se deliciarão com detalhes como múltiplas versões de personagens – um Sephiroth rubro de fúgia em Nibelheim convive com sua versão angelical do Midgar moderno, cada qual refletindo diferentes alinhamentos de mana.

Apesar do cuidado em representar todos os 16 jogos principais, escolhas dolorosas foram necessárias. Fãs de Final Fantasy VIII e IX lamentarão ausências específicas, enquanto os desenvolvedores guardam esperanças para futuras expansões. “Essa colaboração mostrou como universos pop podem coexistir com mecânicas complexas”, conclui Verhey, enquanto derrota mais um oponente com suas próprias criações.