Tall Tales é uma crítica da IA ​​- então por que as pessoas acham que foi feito com a IA?

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Resumo dos principais tópicos:

  • O projeto Tall Tales é uma crítica à inteligência artificial.
  • Artista Jonathan Zawada colabora com Thom Yorke e Mark Pritchard na criação visual do álbum.
  • Zawada explora a linha entre artificialidade e humanidade em sua obra.
  • Reações do público afirmam que a animação foi feita por inteligência artificial, o que não é verdade.
  • Discussão sobre o papel da IA na arte e suas implicações éticas.

Tall Tales, o novo projeto de Thom Yorke e Mark Pritchard, surge como uma crítica à presença da inteligência artificial em nossas vidas, mas curiosamente, o que deveria ser uma obra de expressão artística gerou a confusão de muitos ao acharem que foi gerado por IA. O responsável por essa confusão é Jonathan Zawada, artista multidisciplinar que tem colaborado com Pritchard na criação de visuais que acompanham a música.

A still from Tall Tales

Por mais de três décadas, Zawada se dedicou à criação de esculturas, pinturas e vídeos. Sua amizade com Pritchard se intensificou quando foi convidado para trabalhar em um projeto ambicioso: criar o visual do álbum Tall Tales com Thom Yorke, frontman do Radiohead. Embora inicialmente intimidado, Zawada achou a colaboração estimulante e reveladora.

Antes mesmo do álbum completo ser finalizado, Zawada já começou a desenvolver o acompanhamento visual, recebendo esboços e demos das músicas e criando uma espécie de quadro colaborativo a cada nova faixa. Nessa jornada criativa, referências a pintores como Pieter Bruegel e Hieronymus Bosch se tornaram frequentes.

Os visuais resultantes em Tall Tales são uma amalgama de referências clássicas distorcidas pelo prisma moderno da tecnologia. O filme apresenta um carnaval de criaturas estranhas em paisagens vibrantes, misturando filmagens da vida real com uma perspectiva distorcida, como se vistas por drones. O resultado é um filme que provoca risos, mesmo ao abordar o que parece ser um pesadelo contemporâneo.

A still from Tall Tales

Contudo, o sucesso inicial do projeto teve um lado amargo quando uma de suas animações foi recebida com acusações de que havia sido criada com inteligência artificial. Zawada, que não acompanha os comentários online, viu seu amigo Pritchard se entristecer com a desinformação. Os críticos não perceberam que os vídeos foram produzidos à mão, apesar das semelhanças estéticas que poderiam sugerir o contrário.

Zawada reflete sobre a crescente aversão do público à inteligência artificial na arte, especialmente em um setor musical que já enfrenta desafios de sustentabilidade. Ele expressa preocupações sobre como o uso de IA poderia impactar a criação artística e a percepção do valor do trabalho humano. Embora não se oponha totalmente à utilização da IA, Zawada utiliza essa tecnologia de maneira cautelosa e ética.

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A temática de Tall Tales gira em torno da exploração da autenticidade e da falsificação, levando Zawada a questionar a relação da sociedade com a arte em um mundo cada vez mais saturado por conteúdos digitais. Ele observa que, enquanto no passado a arte era uma forma significativa de comunicação e conexão, hoje, as redes sociais dominam as atenções e a produção cultural.

A peça visual que acompanha a música “A Fake in a Faker’s World” é particularmente impactante, mostrando braços mecânicos pintando uma paisagem em constante mudança, questionando a natureza da criatividade em uma era dominada pela tecnologia. Assim, Tall Tales não é apenas uma crítica à inteligência artificial, mas um convite à reflexão sobre o que significa criar em um mundo em que o que é genuíno é cada vez mais difícil de discernir.

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