Duzias de estados processaram o Meta na terça-feira, acusando a empresa de colocar lucros à frente da segurança de seus usuários jovens. A ação judicial, registrada em um tribunal federal da Califórnia, argumenta que o Meta induziu o público ao erro sobre os danos que seus produtos, como Facebook e Instagram, poderiam causar em crianças e adolescentes. Ao implementar um modelo de negócios destinado a maximizar o tempo na plataforma, o Meta contribuiu para uma crise de saúde mental entre os jovens, segundo a denúncia.
“Ao longo da última década”, diz a ação, “o Meta modificou profundamente as realidades psicológicas e sociais de uma geração de jovens americanos”. A denúncia alega que o Meta sabia que lançou recursos e incentivos na plataforma que promovem comportamentos prejudiciais aos usuários jovens, incluindo “curtidas” em publicações e a falha em remover conteúdo relacionado a distúrbios alimentares e bullying.
O Meta contestou as alegações. “Compartilhamos o compromisso dos procuradores-gerais de fornecer experiências online seguras e positivas para adolescentes e já introduzimos mais de 30 ferramentas para apoiar adolescentes e suas famílias”, disse Liza Crenshaw, porta-voz do Meta, em um comunicado em resposta à ação judicial. “Lamentamos que, em vez de trabalhar produtivamente com empresas de toda a indústria para estabelecer padrões claros e apropriados para idade para os muitos aplicativos usados por adolescentes, os procuradores-gerais tenham escolhido este caminho.”
Após vazamentos da delatadora do Facebook Frances Haugen em 2021, o Meta enfrentou críticas de legisladores e da sociedade civil sobre como seus produtos impactam a segurança dos jovens. Um desses vazamentos apontou estudos internos do Facebook que encontraram o Instagram prejudicava a confiança de usuários jovens e os usuários afetados não deslogavam. A denúncia cita os vazamentos de Haugen como parte de suas alegações contra o Meta.
“O Meta se utilizou de tecnologias poderosas e sem precedentes para atrair, envolver e, em última análise, prender adolescentes e jovens”, diz a denúncia. “Ocultou as maneiras pelas quais essas Plataformas exploram e manipulam os consumidores mais vulneráveis: adolescentes e crianças. E ignorou os danos generalizados que essas Plataformas causaram à saúde mental e física de nossa juventude.”
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