Não está dormindo? Você pode estar envelhecendo prematuramente seu cérebro

  • Fazer noites mal dormidas prejudica o funcionamento cognitivo, aumenta sintomas de ansiedade e diminui a alerta
  • Uma noite de privação de sono pode envelhecer o cérebro em um ou dois anos
  • Mais pesquisas são necessárias para investigar os efeitos a longo prazo da privação do sono em diferentes faixas etárias e hábitos de sono
  • A privação do sono prejudica a função cognitiva. Como foi demonstrado em um estudo recente publicado no Journal of Neuroscience, uma única noite sem dormir pode mudar o cérebro e fazê-lo parecer mais velho. O envelhecimento típico do cérebro inclui mudanças estruturais e funcionais que diminuem a cognição ao longo do tempo. O último coisa que se quer é acelerar esse processo.

    O sono é um período essencial para que o nosso corpo se recupere do dia. Nossos cérebros fazem a mesma coisa. A consolidação da memória, a remoção de toxinas e a criação de novas vias neurais só acontecem quando dormimos. Se você não obtém sono adequado, seu cérebro não terá tempo suficiente para realizar funções vitais, o que prejudica a função cognitiva.

    Neste estudo, quatro condições de sono foram medidas: privação total de sono (sem dormir), privação parcial de sono (três horas de sono) e privação crônica de sono (cinco horas de sono por cinco dias seguidos) e o grupo controle (oito horas de sono). Apenas o grupo de privação total de sono apresentou um aumento consistente da idade cerebral de um a dois anos após uma única noite sem dormir. A idade cerebral não foi significativamente alterada nos outros grupos. Além disso, uma noite completa de sono reverte os efeitos de envelhecimento no cérebro.

    Estudos sugerem que dormir menos de sete horas por noite pode aumentar as chances de desenvolver demência. Nossos cérebros acumulam toxinas e moléculas danosas ligadas à neurodegeneração enquanto estamos acordados. Felizmente, temos o sistema glinfático para lavar o cérebro com fluido fresco e carregar toxinas prejudiciais. Entre essas toxinas está a proteína beta-amiloide, associada à doença de Alzheimer.

    A saúde mental e o sono dependem inteiramente um do outro. Você não pode florescer em um se o outro está faltando. A quantidade de sono que você obtém afeta diretamente o seu humor e capacidade de lidar com o estresse. Sua capacidade de interpretar emoções com precisão também é comprometida com a privação do sono, porque a amígdala é sobreativada. Isso deixa você incapaz de interpretar estímulos apropriadamente, o que aumenta seus sintomas de estresse.

    A pesquisa mais recente mostra que a privação do sono pode envelhecer o cérebro, embora seus efeitos não parem por aí. A privação do sono também coloca certas estruturas essenciais, como a amígdala, em sobreatingimento, o que pode afundar a saúde mental. Não obter sono suficiente significa que seu cérebro irá reter toxinas prejudiciais que poderiam levar à doença de Alzheimer ou outras demências. Mudar seus hábitos de sono e construir uma rotina noturna pode ajudar a combater a privação do sono e proteger o cérebro.